Os serviços de telefonia ainda são os que mais causam transtornos aos consumidores, segundo dados divulgados da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). Mais da metade (59%) das queixas registradas no ranking das dez empresas que mais geram reclamações na cidade refere-se à telefonia. Desde o início do ano, a entidade já realizou 1.235 atendimentos relacionados a este serviço. A cobrança indevida ou abusiva é o principal fator que levam as pessoas a procurarem os direitos.
Segundo o diretor do Procon municipal, José Antônio Ferreira Filho, a maior parte desses atendimentos está relacionado a questionamentos sobre valores de faturas, como acréscimo de taxas. "No caso da telefonia fixa, as falhas nos serviços são as principais queixas. Há lugares que ficam sem o serviço por um mês", contou.
A Claro lidera o ranking com 543 atendimentos, dos quais 84,62% foram solucionados. A cobrança abusiva ou indevida é o principal motivo que leva os consumidores a procurarem pelo órgão de defesa do consumidor. Foram 189 atendimentos. As dúvidas sobre cobranças, reajustes ou contrato geraram 120 queixas.
A Vivo é a segunda que mais levou os consumidores a procurarem o Procon neste ano. Mais de 400 pessoas foram até a instituição e 87,53% dos casos acabaram sendo solucionados. Até ontem, 163 pessoas acionaram o Procon para registrar reclamações sobre cobrança abusiva ou indevida.
A TIM ocupa a 6ª posição, com 165 atendimentos e um índice de solução de 88,27%. A cobrança indevida também lidera com 51 casos. A Nextel ocupa a 10ª colocação.
Depois do serviço telefônico, a EDP Bandeirante foi a que mais gerou críticas neste ano, com quase 200 atendimentos. No entanto, o índice de soluções é alto e chegou a 92,57%.
Os serviços bancários do Itaú também estão no "top 10", com 179 atendimentos, sendo que 57 deles se referem a queixas sobre contrato, como não cumprimento, transferência, irregularidades e rescisão. Cerca de 93% dos casos foram resolvidos.
A Sky, serviço de TV por assinatura, é a 5ª. O Procon realizou 167 atendimentos, e apenas 75,8% tiveram uma solução. A maioria das queixas contra a empresa era relacionada à cobrança indevida.
Audiências
Segundo o diretor do Procon de Mogi, a fundação chega a realizar de seis a sete audiências por dia. "Muitos casos ainda são resolvidos sem a necessidade de levar à Justiça", salientou Ferreira Filho.