A proposta de cortar 30% nos recurso dos Sistema S trará grande impacto em Mogi das Cruzes caso a medida seja aprovada no Congresso Nacional. O sistema é responsável pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), Serviço Nacional da Indústria (Senai), além do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e Serviço Social do Comércio (Sesc). Uma das grandes preocupações de Mogi, é a construção da nova unidade do Sesi que poderá ser afetada pelo corte. A vinda de um Sesc e Senac também podem ser impactada.
Ontem, representantes das unidades do sistema S de Mogi e alunos, acompanharam a apresentação de uma moção de repúdio apresentada por Protássio Ribeiro Nogueira (PSD) contra o corte de recursos. "Caso este projeto seja aprovado, a nova unidade do Sesi correrá sérios riscos. Uma escola que lutamos tanto para conquistar. A medida que aprovamos não é uma proposta minha, mas de todos os vereadores", disse.
O diretor do Sesi de Mogi, Roberto Xavier Augusto Filho, afirmou que ainda não é possível saber de que forma a construção do novo Sesi poderá ser impactada, mas ressalta que a direção está revendo os investimentos. "Em qualquer situação de crise, onde há corte de orçamento, os investimentos são revistos. A preocupação é no sentido da proposta de corte avançar em Brasília. Estamos fazendo uma ação preventiva", destacou.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Mogi e Região (Sincomércio), Airton Nogueira, afirmou que o corte é inconstitucional. "O governo federal está fazendo uma grande confusão ao incluir o sistema S na busca de recursos para sanar as dificuldades que ele mesmo criou, pois o dinheiro do sistema não pertence ao governo. A origem é baseada na folha de pagamento de todas as empresas", ressaltou.
Todos os vereadores assinaram a moção de repúdio e foram unânimes ao criticar o governo federal, principalmente em relação à adoção de medidas que retiram recursos da educação e da saúde.