A reorganização escolar fará com que quatro escolas de Mogi das Cruzes deixem de atender alunos da rede estadual. A gestão dos prédios poderá passa para a Prefeitura. Outras 12 unidades educacionais da cidade contarão com apenas um ciclo. (Veja mais no quadro).
A Secretaria de Estado da Educação definiu ontem que em todo o Alto Tietê 33 escolas passarão a atender estudantes de apenas um ciclo de ensino, focadas em uma única faixa etária, a partir do ano que vem. A maior parte das unidades está localizada nas duas cidades mais populosas da região, Mogi e Itaquaquecetuba, com 12 de cada. Também serão afetadas pela reorganização escolas de Poá (3), Arujá (3), Santa Isabel (2) e Suzano.
Ao todo, 94 escolas em todo o território paulista terão os prédios destinados para outras atividades. Alguns serão entregues para o Centro Paula Souza para implantação de Escolas e Faculdades de Tecnologia (Etecs e Fatecs) e outros para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) ou, ainda, para o uso da Diretoria de Ensino.
De acordo com a Secretaria de Educação, as quatro escolas de Mogi que deixarão de atender os alunos da rede estadual são: Doutor Arlindo Aquino de Oliveira, na Vila Moraes; Professora Iracema Brasil de Siqueira, na Vila Suissa; Professora Sueli Oliveira Silva Martins, no Parque Morumbi; e Professor Firmino Ladeira, Mogi Moderno. Esta última, inclusive, foi alvo de protestos no último dia 8 de outubro, organizados pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), juntamente com alunos e funcionários da unidade. O motivo da manifestação foi o possível fechamento da unidade.
A reorganização, segundo a Secretaria de Educação do Estado, criou 754 escolas de ciclo único focadas em uma única faixa etária. Desta forma, 43% das unidades de ensino passarão a atender em ciclo único a partir do ano que vem. Serão abertas, 2.956 classes que, atualmente, estão ociosas.
"O momento é propício para mudanças e elas são necessárias. O rol de prédios construídos nos últimos anos atende a uma população que diminuiu consideravelmente e, por isso, é possível que agora entreguemos escolas melhores, focadas em ações pedagógicas para cada etapa do ensino", afirma o secretário da Educação, Herman Voorwald.
Os critérios para as mudanças incluíram o número máximo de alunos por sala e o deslocamento limite de 1,5 quilômetro da atual escola para a nova unidade. Em todo Estado, 311 mil alunos serão impactados pela reorganização das escolas.
A próxima etapa envolverá diretamente os pais, alunos e a comunidade escolar. Hoje será lançada uma página no portal da Secretaria de Estado da Educação.
O link www.educacao.sp.gov.br/reorganizacao estará disponível para consultar a situação de cada escola.