Mogi das Cruzes registra, em média, quase três casos de dengue por dia. Só neste ano, 875 pessoas já foram infectadas pelo mosquito aedes aegipty, quase dez vezes mais que em todo o ano de 2014. Destes, 83% são autóctones, ou seja, quando o vírus é contraído dentro do próprio município. O período com maior incidência da doença é entre janeiro e maio, quando 773 casos foram confirmados.
Os distritos de Jundiapeba, César de Souza e os bairros Novo Horizonte e Vila Natal são os locais onde há as maiores incidências. No primeiro semestre, estas quatro regiões somaram 285 infectados.
Ao todo, a Vigilância Epidemiológica de Mogi registrou 3.012 notificações, dos quais 29% foram confirmadas, sendo 142 que contraíram fora do município.
Segundo a coordenadora do Núcleo de Controle da Dengue, Débora Fumie Murakami, as ações para combater o mosquito da dengue continuam no município. Inclusive, haverá uma campanha focada no próximo feriado de Finados, no qual consiste em levar orientações para as floriculturas. "Vamos orientar as pessoas para evitar o acúmulo de água com a venda de flores", disse.
"Também será feito um mutirão para eliminar os criadouros nos cemitérios, que serão pontos estratégicos da ação", adiantou.
Visitas
Além das ações específicas, o Núcleo de Controle da Dengue tem uma equipe para percorrer os bairros com visitas de casa em casa, que segue a programação do órgão. E, a cada três meses, segundo Débora, também está programado visitação em "imóveis especiais". "Estabelecimentos de risco como hospitais e postos de saúde recebem nossa equipe, pois estes locais têm maior probabilidade de circulação de vírus", explicou, ressaltando que há ações educativas para conscientizar as crianças e jovens nas escolas sobre o mosquito, com a apresentação de teatros.
Débora alertou para a época mais propícia na proliferação da dengue. "Entre janeiro e maio é o período de pico, por conta das altas temperaturas e a das chuvas. Essas são as condições que o mosquito precisa para se proliferar", explicou.