O Ministério Público (MP) instaurou um inquérito civil público na última terça-feira, para investigar as eleições do Conselho Tutelar de Mogi das Cruzes. Apenas depois deste trabalho é que o órgão decidirá por uma ação civil pública que poderá levar a anulação do pleito ou outras medidas. O MP passou a investigar o caso depois que uma série de denúncias foram apresentada pelo jornalista Mario Berti, candidatos que disputaram a eleição. 
O MP analisa a denúncia apresentada logo após a eleição. Agora, o órgão abre o inquérito. A primeira denúncia encaminhada foi apresentada pelo jornalista Mario Berti, no dia 7 de outubro. No dia 9, foi a vez de alguns candidatos encaminharem as denúncias tanto para o MP, quanto para a Comissão Especial para o Processo de Escolha Unificado dos Membros dos Conselhos Tutelares.
No mesmo dia que a eleição para o Conselho Tutelar foi realizada, muitas pessoas utilizaram as redes sociais para denunciar um possível transporte irregular de eleitores. O pleito foi disputado no dia 4 de outubro e esta foi a primeira vez que uma eleição foi realizada para escolher os conselheiros tutelares do município. Ao todo, 5.526 eleitores compareceram às três zonas eleitores para escolher os candidatos. Houve votação em César de Souza, centro e Brás Cubas.
Na ocasião da denúncia, Berti afirmou que "o processo eleitoral estava viciado e não haveria como corrigi-lo". O jornalista encaminhou DVDs com gravações que mostrariam possíveis irregularidades registradas na data da votação. Ele citou que pessoas com deficiência não conseguiram votar, e que vans e ônibus estariam levando eleitores aos pontos de votação. O que é proibido. A eleição escolheu 20 conselheiros tutelares, sendo 10 titulares e 10 suplentes. A cidade conta atualmente com dois Conselhos, um no centro e outro em Brás Cubas.