A reabertura da rua Professor Flaviano de Melo, no centro, para o trânsito de veículos foi descartada pelo prefeito Marco Bertaiolli (PSD), que ainda cogitou a possibilidade de implantar o mesmo sistema na rua Coronel Souza Franco. A Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC) enviou um ofício à Prefeitura solicitando a liberação da via para o trânsito em todos os horários. Há um mês, o tráfego de carros foi proibido durante o horário comercial, das 9 às 18 horas, no trecho entre as ruas Brás Cubas e Presidente Rodrigues Alves.
"A Associação Comercial está indo e vindo. A cidade não funciona desse jeito. Aquelas ruas estão pré-vocacionadas para pedestres. O fluxo de pessoas que caminha na Flaviano de Melo hoje, é muito maior do que caminhava antes", argumentou Bertaiolli, destacando que este modelo é usado em diversos países, inclusive em Madri, na Espanha, onde esteve recentemente. Ele ainda disse que não recebeu o ofício com a reivindicação.
"Eu defendo que a rua Coronel Souza Franco ganhe o mesmo tratamento que ganhou a Flaviano. No horário comercial, as pessoas precisam ter liberdade para caminhar e, principalmente, prazer em voltar a andar no centro", afirmou.
O prefeito ressaltou o fato de os carros ainda terem a maioria dos horários para circular na via: das 18 até as 9 horas. "Este formato que encontramos é perfeito e é o que vai ficar", garantiu. "Até porque, dezembro está chegando e os consumidores vão pedir para fechar nos outros horários também, uma vez que o fluxo de pedestre será muito grande. Inclusive, vamos abrir agora para bicicletas aos domingos, então a prioridade é dar utilidade para os pedestres", disse.
De acordo com a ACMC, 68% dos comerciantes mostraram insatisfação com o atual modelo e reivindicam a circulação de veículos com velocidade limitada a 30 quilômetros por hora.
Para a continuidade das obras para a construção da passagem subterrânea da praça Sacadura Cabral será necessária a interdição entre as ruas Brás Cubas e Ricardo Vilela, que terá início hoje, segundo informou o secretário Municipal de Planejamento e Urbanismo José Chavedar. "Será necessária a interdição para a construção das muretas, que já estão dentro da praça", afirmou. O local ficará fechado por dois ou três meses. (F.F)