A Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) de Mogi das Cruzes trabalha atualmente com um déficit orçamentário mensal de cerca de R$ 20 mil. O principal motivo para esse problema financeiro é a falta de auxilio por parte das prefeituras da região.
Conforme apurado pelo Mogi News, cerca de 50% dos pacientes atendidos pela unidade não são mogianos, mas sim moradores de outras cidades do Alto Tietê. No entanto, apenas os municípios de Mogi, Guararema e Poá disponibilizam recursos para que entidade possa manter o atendimento.
Para o vereador Protássio Ribeiro Nogueira (PSD), que no ultimo domingo participou da 5ª Galinhada Beneficente para arrecadar fundos em prol da AACD mogiana, o que falta é bom senso por parte das administrações municipais. "Mais da metade dos pacientes é de fora. Além disso, todos nós sabemos que a AACD conta com uma fila de espera e ela poderia aumentar a assistência a mais pacientes se tivesse recursos. No entanto, falta apoio do Poder Público. As prefeituras deveriam ter mais compreensão, pois apesar de estar sediada em Mogi, a unidade é regional", disse.
O problema já havia sido citado pelo secretário municipal de Saúde, Marcelo Cusátis, durante a audiência de prestação de contas da Pasta, realizada na semana passada. "A AACD precisa de ajuda de outras cidades. Todos os dias chegam lá pacientes de outros municípios. Suzano e Itaquaquecetuba, por exemplo, são responsáveis por uma demanda grande de atendimentos e não ajudam com nenhum centavo", frisou o secretário de Saúde de Mogi.
Localizada num terreno de 5.298 m² e com 1.028 m² de área construída, a AACD Mogi das Cruzes, na Vila Suissa, conta com 22 salas de atendimento, além de espaços de convivência, administrativo e de apoio.
Entre as especialidades atendidas pela Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) de Mogi estão: Paralisia Cerebral, Lesão Medular, Lesão Encefálica Adquirida Infantil e Adulto, Mielomeningocele, Má-Formação Congênita, Amputados, Doenças Neuromusculares e Poliomielite.