A greve dos Correios, deflagrada há uma semana em pelo menos 18 estados do País, entre eles São Paulo, atinge 80% dos funcionários das agências do Alto Tietê, que até o momento estão mantendo o atendimento ao público. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo, Poá é uma das cidades mais afetadas pela paralisação.
De acordo com o diretor da entidade responsável pelo Alto Tietê, Davi de Jesus Lima, o setor de distribuição é o mais prejudicado pela greve. "A parte da entrega fica mais comprometida. As agências estão funcionando, só a de Ferraz que ficou fechada ontem (quinta-feira), mas já foi reaberta. A diferença é que o atendimento ao público está reduzido também".
A categoria cobra atendimento à pauta da campanha salarial de 2015, além de reposição da inflação, 10% de aumento real e reajuste no benefício de alimentação. A decisão pela greve ocorreu após assembleia realizada na semana passada pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos (Sintct-SP).
A realização de concurso público, a ampliação de medidas de segurança para os trabalhadores e a participação nos lucros ficaram sem respostas dos Correios, de acordo com o sindicato paulista. Uma nova assembleia será realizada nesta segunda para decidir se a paralisação será mantida.
Procon
Em decorrência da paralisação, o Procon-SP já fornece orientações para o consumidor se precaver. Segundo ele, quem contratar serviços dos Correios, como a entrega de encomendas e documentos, e não forem prestados, tem direito a ressarcimento ou abatimento do valor pago. Nos casos de danos morais ou materiais pela falta da prestação do serviço, cabe indenização.
Correios
Segundo informações divulgadas pelos Correios na última quarta-feira, 89,74% do efetivo  não aderiu à paralisação da categoria, o que corresponde a 107.058 empregados, número apurado por meio de sistema eletrônico de presença.
Nos locais onde a paralisação foi deflagrada, o movimento está concentrado na área de distribuição e pode haver atraso na entrega de cartas e encomendas. Do total de 30.366 carteiros que deveriam trabalhar  nesses locais, 10.571 não compareceram (34,81%).
As agências estão abertas e os serviços, inclusive a entrega de Sedex e o Banco Postal, estão disponíveis, com exceção dos serviços com hora marcada interestaduais.