O prefeito de Poá, Marcos Borges (PPS), receberá até o final do mês o resultado da sindicância aberta para investigar o desvio de mais de R$ 30 milhões de dinheiro público na Secretaria de Saúde com o pagamento de horas extras nos últimos três anos.
Segundo Borges, todos os envolvidos serão responsabilizados, inclusive o secretário responsável pela pasta na época. Até setembro de 2014, a secretaria era comandada por Cláudia de Jesus.
"Tudo o que acontece passa pelo secretário, qualquer ação tem o aval do secretário, que terá que responder pelos seus atos, assim como aqueles que receberam horas extras sem trabalhar", declarou. "Vou receber todo o relatório até o final do mês e a partir disso tomaremos as medidas cabíveis".
De acordo com a Prefeitura de Poá, no esquema dos médicos envolvidos na fraude, o salário base de R$ 3,9 mil era somado a até 400 horas/mês extras, resultando em salários de R$ 44 mil. Os profissionais assinavam plantões de 12 horas, nas quais trabalhavam apenas 4 horas, seguindo para outros pontos em horários simultâneos. (C.M.)