Poá é a segunda cidade do Alto Tietê a contar com a Patrulha Maria da Penha, que será realizada pela Guarda Civil Municipal (GCM). Depois de Suzano, será a vez das moradoras poaenses receberem o serviço criado para coibir a violência contra a mulher, além de garantir que as medidas protetivas de vítimas de violência doméstica sejam cumpridas.
Inicialmente, pelo menos dez pessoas já estão sendo acompanhadas pela patrulha. O programa foi lançado ontem pelo prefeito Marcos Borges (PPS) e pela secretária da Mulher, Aretha Chaia Marques da Silva. Segundo ela, a cidade contará com uma viatura da GCM identificada que fará a patrulha na região onde residem as mulheres que possuem medidas protetivas determinadas pela Justiça.
"Essa ação é um trabalho conjunto. A Justiça informa as Secretarias da Mulher e de Segurança sobre o caso da vítima com o endereço dela. A partir disso, a viatura circulará por esses locais para evitar que a mulher seja vítima de violência novamente".
A chefe da pasta ressaltou ainda que a patrulha garante também a segurança da vítima que precisa retirar seus pertences da casa do marido ou companheiro. "A viatura, que trabalha sempre com uma equipe composta por um agente homem e uma agente mulher, acompanha essa vítima nesse momento, porque muitas vezes ela é agredida novamente quando vai buscar suas coisas", relatou.
Segundo o prefeito, a maior vantagem da lei é garantir a distância física estabelecida pela Justiça entre o agressor e a vítima. "Existem mulher assistidas nesse sentido, onde os homens devem se manter a uma determina distância, e a patrulha ajudará nessa fiscalização. Sabemos que com esses serviços que nós temos as mulheres estão se sentindo mais seguras e o número de denúncias tem aumentado".
Região
Em Suzano, a Patrulha Maria da Penha está em operação há quase um ano e hoje é utilizada como modelo para outras cidades da região. Nos seis primeiros meses de operação, pelo menos 2,2 mil visitas acompanhadas foram realizadas pelos agentes de segurança pública municipal. Ainda durante o período, nenhum óbito por violência doméstica foi registrado no município.
A próxima cidade do Alto Tietê a adotar o programa deve ser Itaquaquecetuba. A administração municipal já iniciou as tratativas para criar o projeto.