Após permanecerem mais de três meses com o atendimento parcialmente suspenso, todos os fóruns trabalhistas do Alto Tietê voltaram a funcionar normalmente.
A paralisação foi consequência da greve dos servidores do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) iniciada em 8 de junho, em todo o Estado.
De acordo com a Assessoria de Imprensa do Tribunal Regional do Trabalho, "desde a última segunda-feira, os trabalhos foram retomados nas unidades da 2ª Região".
Ainda segundo o órgão, o retorno das atividades ocorreu "mesmo com a não apreciação pelo Congresso do veto a PLC 28/2015".
O Projeto de Lei Complementar diz respeito à recomposição da remuneração dos servidores do Poder Judiciário da União, já aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado, mas vetado pela presidente Dilma Rousseff (PT). O reajuste varia de 53% a 78,56%, dependendo da classe e do padrão do servidor.
Sem estimativa
Questionado sobre quantas ações foram prejudicadas em decorrência da paralisação, o TRT informou que "não é possível afirmar quantos processos foram paralisados, pois embora muitos servidores estivessem em greve, as audiências continuaram sendo realizadas e os casos urgentes foram atendidos".
A estimativa do presidente da 17ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Mogi, Marcelo Inocêncio, conforme recente entrevista, é de que somente em Mogi, mais de mil processos foram paralisados. 
Para ele, mesmo com o retorno das atividades, a estimativa é de que leve pelo menos um ano para que o atendimento seja normalizado.
A reportagem do Dat entrou em contato com o Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado (Sintrajud), para repercutir o assunto, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.