Funcionários da Unimed Paulistana fizeram um ato ontem contra a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) por causa da determinação para que a operadora de saúde transfira seus 744 mil beneficiários para outros planos.
A medida foi anunciada pela agência no dia 2 deste mês e levou em consideração problemas econômico-financeiros, além de "anormalidades assistenciais e administrativas graves". A ANS afirmou que, desde 2009, acompanha a situação da operadora por meio de monitoramento feito por agentes nomeados pela agência. O prazo para a realização do processo de transição termina nesta sexta-feira.
O coordenador administrativo Onildo Rodrigues, de 54 anos, conta que trabalha para o Sistema Unimed há mais de 15 anos e que a manifestação teve como objetivo mostrar à agência a preocupação dos profissionais em relação ao futuro da operadora.
Ele diz que o ato começou por volta das 11 horas na sede da operadora, na avenida Angélica, na região central de São Paulo, e que o grupo formado por cerca de 1,7 mil pessoas se dirigiu para o prédio da ANS na rua Bela Cintra.
Rodrigues diz que a nova gestão, que entrou em abril, não teve tempo de contornar a situação da operadora antes de a ANS determinar a transferência da carteira dos clientes.
A ANS informou que atendeu uma comissão de funcionários e recebeu suas reivindicações. "A gestão da operadora é responsabilidade de seus administradores e que todas as obrigações trabalhistas devem ser garantidas pela empresa".