Com a chegada da primavera - e na sequência o verão - não apenas as temperaturas aumentam, mas o consumo de água também. Esse dado é preocupante, se levarmos em consideração que vivemos um período de escassez desse precioso líquido. O Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) estima que nas épocas mais quentes do ano, os mogianos consumam aproximadamente, entre 20% e 30% a mais. No entanto, a autarquia não informou qual é o consumo médio de água no município. O que sabe é que em fevereiro de 2014, por exemplo, a cidade utilizou 1,435.019 metros cúbicos de água.
No início deste ano, o Semae apresentou uma campanha de conscientização da população para que o consumo de água fosse reduzido em 30% por cada mês, dentro do Plano de Contingência apresentado pela Prefeitura, que previa ainda o aumento de equipes de combate de vazamentos e perfurações de poços em locais públicos.
Quando foi lançada, a campanha alcançou índices interessantes. Em fevereiro, a redução de consumo chegou a 27,7%, em março baixou pouco, para 25%, em abril uma queda maior 15,3%, em maio a economia cresceu e foi a 20%, em junho caiu de novo, agora para 14,1%, em julho subiu para 17,2% e agosto apresentou a menor economia - apenas 11%.
A temperatura acima da média, registrada durante o inverno, e o grande calor sentido apenas nesta primeira semana da primavera, acendem o alerta para que a população continue economizando água e reforce as medidas de redução. De acordo com o Semae, "normalmente no inverno o consumo de água é menor que no verão, por isso os hábitos de economia têm um impacto menor nos meses frios. Ainda mais com dias de temperatura acima da média para esta época do ano. É fundamental que os mogianos continuem reduzindo o consumo" - reforça a autarquia.
Mesmo com a maior parte da cidade sendo abastecida pela água captada do rio Tietê, uma parcela conta com água que é comprada da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que é retirada do Sistema Alto Tietê (Sipat) - um dos mananciais, junto com o Cantareira, que passam pela maior crise das suas histórias. Atualmente, o Sipat está com cerca de 15% de sua capacidade. O índice deve continuar caindo caso não chova volumes expressivos nos próximos dias e o consumo de água não seja reduzido pela população.