A Prefeitura de Mogi das Cruzes conseguiu a posse da área do antigo posto de combustíveis localizado entre as ruas cabo Diogo Oliver e Hamilton da Silva e Costa, no centro. O terreno é um dos locais que foi desapropriado para as obras da passagem subterrânea da praça Sacadura Cabral. Na próxima semana, uma empresa especializada vai inciar a prospecção do solo para saber se o espaço está contaminado. A medida é uma solicitação da Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento Básico (Cetesb).
Além do posto de combustíveis, a administração municipal vai desapropriar mais quatro imóveis localizados na rua Hamilton da Silva e Costa nessa primeira fase de obras. A Prefeitura já investiu um montante de R$ 3 milhões. Apenas o posto de combustíveis consumiu R$ 1,2 milhão. Outras seis desapropriações estão previstas para serem executadas em uma segunda etapa da obra. A estimativa é que sejam desembolsados mais R$ 3 milhões para concretizar as desapropriações.
O prefeito Marco Bertaiolli (PSD) vistoriou o canteiro de obras que começou a ser instalado no início da semana. "Devemos passar a escritura de mais uma casa até amanhã (hoje). A negociação com os demais proprietários está indo muito bem. Assim que as casas estiverem em posse da Prefeitura, em novembro, vamos ter duas frentes de trabalho. A intenção é que até o fim dessa gestão possamos inaugurar um dos túneis. O outro estará praticamente pronto, mas ele só será entregue no ano seguinte. A cidade não pode mais conviver com as cancelas. O metrô de superfície só virá para Mogi quando acabarmos com as passagens de nível", explicou.
Bertaiolli destacou que depois que as obras dos túneis forem concluídas, a cidade ganhará um importante corredor de praça. "Teremos a praça Osvaldo Cruz, a praça Sacadura Cabral e uma nova área que será criada no local dos imóveis que serão desapropriados. Será um local muito arborizado, até para compensar as árvores que foram retiradas para a obra", prometeu.
Por enquanto, os motoristas podem continuar a acessar a avenida Ademar de Barros pela rua Cabo Diogo Oliver, no entanto, a passagem da linha férrea será fechada até o fim do ano. "Quando a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) der a autorização para a retirada da passarela o trânsito será fechado. O fluxo de pedestres pelo trecho poderá continuar a ser feita. Vamos criar uma passagem adequada que comporte a passagem de cadeirantes e carrinhos de bebês", esclareceu o secretário municipal de Planejamento, João Francisco Chavedar.
A presidente da Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC), Tânia Fukusen Varjão participou da vistoria. "A queda nas vendas já é esperada, mas as informações que são passadas ajudam os comerciantes a controlarem os estoques. Depois dessas obras teremos um centro moderno", avaliou.