Mesmo com o agravamento da crise hídrica, o Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) afirma "não haver previsão para a realização de rodízio no abastecimento de água de Mogi das Cruzes". No entanto, admite que 35% das ligações hídricas existentes no município vêm sofrendo com redução do fornecimento.
Segundo a autarquia, há cerca de seis meses, o Centro de Controle Operacional vem registrando alternâncias no abastecimento do reservatório do Jardim Santa Tereza, que opera com a água comprada da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Devido a este problema, que ocorre ao menos uma vez por semana, moradores de todos os bairros que compõe o distrito de Brás Cubas enfrentam períodos sem água.
O Semae, por sua vez, destaca que "esta situação, no entanto, não representa prejuízo financeiro, pois é tudo devidamente aferido, e a autarquia só paga pela água que de fato recebe".
Nível do Tietê
Já em relação ao comprometimento das outras 84 mil ligações que são abastecidas pela água captada do Rio Tietê, o Semae esclareceu não haver nenhuma anormalidade. Segundo a autarquia, o nível do rio, que ontem era medido em 1,12 metros, é considerado normal para esta época do ano, que é marcada pelo período de seca.
Questionada sobre a partir de qual medição a captação de água pode ser comprometida, o Semae informou que "dificuldades podem surgir a partir de 1,00 metro". No entanto, afirmou também que o volume de captação segue em 900 litros por segundo, de acordo com o que é liberado pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE). Por fim, destacou que segue com o Plano de Contingência da água lançado em fevereiro, e que contém um conjunto de medidas já em andamento para que Mogi enfrente a crise hídrica (S.L).