Se julho teve padrão alto de chuvas, agosto segue no sentido oposto. Em nossa região, o Sistema Alto Tietê chegou ontem a 15,8% do volume armazenado, já considerando 39,4 bilhões de litros de água de uma cota de volume morto. No domingo, o índice era de 15,9%. Essa foi a 19ª baixa seguida do manancial. Os dados são de boletim da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
E a falta de chuva é geral em todo o estado, principalmente sobre os reservatórios que abastecem a capital e a Grande São Paulo. Enfrentando uma seca rigorosa até mesmo para os padrões de agosto, e isso afeta não só o Alto Tietê mas também os outros cinco principais sistemas hídricos de São Paulo. Para esta semana está prevista a passagem pela região de uma frente fria, mas o índice de chuvas deve continuar fraco. 
Em todos os mananciais, a pluviometria acumulada ao longo deste mês é inferior ao que deveria ter chovido em apenas 24 horas, caso a média histórica estivesse se repetindo. Aqui no Alto Tietê, choveu nestes 17 dias de agosto apenas 0,7 milímetro, quando a média histórica sobre as cinco represas que compõem o sistema é de 36,7 milímetros
Outros reservatórios
A situação também continua crítica nos demais sistemas. O Cantareira tinha ontem 17%, menos 0,1 ponto percentual em comparação com domingo. Vale lembrar que esse índice já considera dois volumes mortos. Nesse sistema chouveu apenas 0,9 milimetro, apenas 2,6% do esperado para agosto.
Mesmo sem nenhum milímetro de chuva no mês, o Guarapiranga opera com 71,2% da capacidade, só que 0,3 ponto percentual a menos que domingo.
O Sistema Rio Claro, de domingo para ontem, perdeu 0,6 ponto percentual, passando de 56,7% para 56,3% - a maior perda entre todos os sistemas paulistas.
No Sistema Rio Grande, a perda entre anteontem e ontem foi de 0,3 ponto percentual. Por fim, o Sistema Alto Cotia perdeu 0,4 ponto percentual. No domingo, operava com 56,7%, contra 56,3% na manhã de ontem.