A lentidão nas obras de canalização do córrego Campo Grande, no Jardim Nova Poá, tem gerado reclamações entre os moradores do bairro. Segundo eles, os trabalhos estão parados há mais de um mês e, desde então, parte da calçada e da pista da rua João Peckny está interditada, o que tem atrapalhado o trânsito. O acúmulo de água no trecho próximo à rua Campo Grande também tem preocupado a população, que sofre com a presença dos mosquitos que se proliferam. Segundo a prefeitura, os trabalhos serão retomados assim que foram emitidas algumas licenças ambientais que ainda estão faltando.
De acordo com a administração municipal, as obras emergenciais para contenção das margens do córrego foram iniciadas em junho. Para isso, seriam implantadas aduelas pré-moldadas, que seguirão por 100 metros no córrego, em trecho correspondente a rua João Peckny. Conforme o cronograma de obras, o serviço deveria se estender de 45 a 60 dias, dependendo das condições climáticas.
A reportagem esteve no local ontem e conferiu que os trabalhos no local estão paralisados. O trecho que corta a rua João Peckny, onde foi aberto o espaço que serão instaladas as aduelas, foi parcialmente isolado com tapumes. Já na rua Campo Grande, parte das estruturas de concreto já foram colocadas nas margens do córrego.
"As obras foram paralisadas e nós não sabemos o motivo, nada foi explicado. Com isso, já teve gente despejando entulho nas margens do córrego, tem água parada no lado de fora das aduelas, o que está se tornando uma espécie de criadouro de mosquito da dengue", relatou o autônomo Mario Pereira da Fonseca, que reside no bairro há 20 anos.
Segundo ele, o córrego precisa de limpeza também no trecho que corta a rua Campo Grande. "O mato está bastante alto, o que aumenta a presença de ratos e insetos, sem contar o odor, que é muito forte. Alguma coisa precisa ser feita, porque são ações simples que podem ser feitas rapidamente", completou.
Prefeitura
Questionada pelo Dat, a prefeitura informou que até o momento foi feito o reforço das bases para a futura canalização, que se dará com a colocação das aduelas. A administração informou ainda que a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) exige o licenciamento da obra, o que fez com que os trabalhos fossem paralisados. O documento já foi solicitado e no momento é aguardada a sua liberação.