O prefeito Mamoru Nakashima está cada vez mais próximo de se filiar ao PSDB, partido pelo qual deverá disputar a reeleição em 2016. Segundo ele, sua escolha será pela sigla que mais  render recursos para a cidade e admite que hoje o governador Geraldo Alckmin (PSDB) é um grande colega, com quem tem um vínculo forte. "Quem tem condições de fazer mais coisas para Itaquá? O PT ou o Estado?", completou.
Mamoru está sem partido desde junho, quando foi expulso do PTN pela executiva nacional. Na ocasião, o Conselho de Ética da sigla informou que uma das justificativas para a expulsão era o envolvimento do prefeito em processos licitatórios e contratos julgados irregulares por órgãos competentes e ainda pela falta de apoio a candidatos do partido nas eleições do ano passado.
Desde então, Mamoru tem dito sempre que irá para a legenda que trazer mais recursos para Itaquá. "Se você perguntar o que é melhor para mim politicamente é uma coisa. Agora se você me perguntar o que é melhor para trazer mais coisas para a cidade, o que rende mais, já é outra coisa. A população me elegeu não foi para eu escolher o melhor para mim e sim o que é melhor para eles", completou.
Apesar de não estar oficialmente filiado, o prefeito deu grandes pistas sobre sua possível ida para o PSDB. "A liberação de obras da Sabesp? Depende de quem para conseguir? E recursos para reforma de praças? E a verba do Fumefi? Sei que isso o governador é obrigado a repassar, mas esse pagamento pode ser adiantado, pode atrasar menos, pode ser liberado com mais rapidez. Várias coisas que fazem a gente pender para um lado no momento da escolha", completou.
"Eu tenho contato com a presidente Dilma (Roussef)? Já o governador eu vejo duas ou três vezes por mês. A facilidade é maior e o recurso flui mais. O governo federal também libera verba, mas é muito demorado, é para o outro mandato", acrescentou.
Mesmo sem ter assinado sua filiação no papel com o partido em questão, o caminho parece já estar trilhado dentro do PSDB para as próximas eleições. "É como um casamento. Enquanto não assinar o papel não está casado, certo? Mas se está morando junto, já é casado, então todo mundo sabe", brincou.