A captação de água do rio Guaió, em Suzano, se dará conforme a vazão encontrada no momento, ou seja, o sistema não funciona com toda capacidade todo tempo, segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Em função da forte estiagem dos últimos 20 dias, o nível de água no rio é visivelmente menor, o que compromete do volume de retirada, previsto inicialmente para ser de um metro cúbico por segundo.
No dia 28 de junho, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) esteve em Suzano para fazer a entrega da obra captação. Na ocasião, ele informou que o volume retirado do rio Guaió, na região da Chácara Sete Cruzes, é capaz de abastecer uma cidade como Mogi das Cruzes e que o rodízio no abastecimento de água em toda a Região Metropolitana estava descartado durante os meses de seca, que devem seguir até outubro.
Parado
O jornal O Estado de São Paulo divulgou na edição de ontem que a captação no Guaió, orçada em R$ 28 milhões, sequer começou. Segundo a publicação, o superintendente de Produção da Sabesp, Marco Antônio Lopez Barros, afirmou, durante reunião com o Comitê da Bacia do Alto Tietê na última quinta-feira, que "não há água para retirar do rio".
Questionada pelo Mogi News, a Sabesp informou que as "as obras emergenciais foram concebidas para aumentar a resiliência do sistema produtor de água, ou seja, para captar água onde estiver chovendo e armazenar onde for possível". Ainda segundo a empresa, por causa disso, "as estruturas não funcionam a toda carga todo tempo".
Queda
Se julho teve padrão alto de chuvas, agosto segue no sentido oposto. Em nossa região, o Sistema Alto Tietê chegou ontem a 15,8% do volume armazenado, já considerando 39,4 bilhões de litros de água de uma cota de volume morto. No domingo, o índice era de 15,9%. Essa foi a 19ª baixa seguida do manancial. Os dados são de boletim da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). E a falta de chuva é geral em todo o estado, principalmente sobre os reservatórios que abastecem a capital e a Grande São Paulo.