Para o sociólogo e professor Afonso Pola, o crescimento populacional pode ser consequência da localização da região, que é próxima da capital paulista, a maior cidade do País, que também não para de crescer, o que torna comum esse movimento migratório para os municípios do Alto Tietê.
"É muito comum que as pessoas saiam do perímetro da capital e venham para outras cidades. É uma região que atrai tanto os ricos quanto os mais pobres", avaliou o especialista. "No caso de Arujá e Guararema, tem vindo uma população migratória em busca de melhor qualidade de vida", explicou.
Sobre Arujá, segundo Pola, o fato de a cidade ser a mais próxima da metrópole, acaba trazendo pessoas em busca de qualidade, que estão fugindo dos problemas de mobilidade urbana, um dos motivos do crescimento de condomínios neste município.
Outro fator é o custo de vida ter ficado mais alto nas periferias de São Paulo, o que pode ter ocasionado o crescimento populacional de Itaquaquecetuba e Ferraz de Vasconcelos. "Essas cidades recebem pessoas da Região Metropolitana que não conseguem se manter onde moram, por causa da 'periferização', ou seja, a periferia está crescendo e ganhando novas estruturas, com isso, os moradores têm de pagar mais caro para viver lá", esclareceu. (F.F.)