O nível de água nas cinco represas do Sistema Produtor Alto Tietê (Spat) continua em queda. Ontem, na medição feita pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o nível era de 18,6%, 0,2 ponto porcentual menos que na quarta-feira. Há exatamente uma semana, o sistema armazenava 19,7%.
Dia a dia a queda do nível de água represada mostra que a falta de chuvas consistentes em julho, aliada ao desperdício de parte da população, colocam em risco os reservatórios que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo. No Alto Tietê, os reservatórios tiveram apenas 29,4 mm de chuva este mês,  contra uma média histórica de 49,2 mm.
Há um ano - em 23 de julho de 2014 - o nível do Sistema Alto Tietê era de 22%, um pouco mais que o deste ano. No entanto, dois anos antes, em 2013, a situação era totalmente diferente, bem longe da crise hídrica que São Paulo e alguns Estados passam. Naquela ocasião, havia 62,6% nas represas da região.
O Sistema Produtor Alto Tietê é composto pelos seguintes reservatórios: Ponte Nova (Rio Tietê), limite de Salesópolis e Biritiba Mirim; Paraitinga (Rio Paraitinga), em Salesópolis; Biritiba (Rio Biritiba), na divisa de Biritiba Mirim e Mogi das Cruzes; Jundiaí (Rio Jundiaí), em Mogi das Cruzes; e barragem de Taiaçupeba (Rio Taiaçupeba), que fica entre Mogi e Suzano. Nele, são tratados 15 mil litros de água por segundo para atender 4,5 milhões de pessoas da zona leste de São Paulo e dos municípios de Arujá, Itaquaquecetuba, Poá, Ferraz de Vasconcelos, Suzano, Mauá, parte de Mogi das Cruzes, parte de Santo André e dois bairros de Guarulhos (Pimentas e Bonsucesso).