O Café com Mogi News desta terça-feira (5), no penúltimo episódio do ano traz uma convidada especial que vem se destacando na política regional: Rebecca Barbosa Marcondes, vereadora que preside a Câmara Municipal de Salesópolis. Formada em Direito e em seu primeiro mandato, ela vem conquistando seu espaço e fazendo história: é a primeira mulher trans no Legislativo do Alto Tietê. 

Conheça mais sobre a trajetória e os projetos de Rebecca nesta entrevista especial, produzida com apoio da Padaria Tita. 

Café com Mogi News: Conte um pouco da sua história, como você entrou para política?
Rebecca Barbosa Marcondes:
A minha trajetória pública começou um pouco lá atrás ingressando no Conselho Tutelar. Logo após eu sair da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) e como eu não tinha estagiado, minha mãe (Emília) chegou um dia e falou: 'olha, vai ter a prova do Conselho Tutelar quem sabe não é uma boa para você começar a se interar com o meio da Justiça, dos direitos?'. Naquela época eram vinculados ao Estatuto da Criança e do Adolescente para fazer valer as garantias e os direitos das crianças e dos adolescentes. Eu achei muito bacana e foi ali eu acho que o melhor emprego que já tive na minha vida. Como eu aprendi ser humana, respeitosa, porque às vezes nós nos limitamos muito dentro da nossa realidade e a gente esquece de olhar para real necessidade da vida do outro.

Salesópolis é uma cidade muito simplória, com muito sítio, fazendas. Nós temos 645 municípios no Estado de São Paulo e somos o terceiro município do Estado com o maior número de estradas rurais, são 600 km de estradas rurais, então existem muitas famílias que não são assistidas e não se sentem assistidas. Elas precisam da nossa atenção, então o Conselho Tutelar me levou a todas essas famílias e ao ser levada lá, você passa a ter acesso e conhecimento sobre uma realidade completamente diferente a tua, porém que está debaixo do teu nariz. São pessoas que não têm água, não têm luz, não têm o que comer e como é que você dorme com esse barulho na tua cabeça? 

Logo passou a trajetória do Conselho Tutelar e o último ano do Conselho foi o ano da eleição para vereadora e quando eu fui convidada, eu não aceitei. Não sou muito de fazer média, não gosto de hipocrisia, e o político ele vive de aparência e eu não aceito viver de aparência. Quem quiser gostar de mim, vai ter que gostar exatamente do jeito que eu sou e o discurso deu certo, porque eu não imaginava, e por sinal na última apuração dos votos que aconteceu em 2020, travou o sistema do Estado de São Paulo, então os prefeitos já sabiam que estavam eleitos, agora os vereadores eles foram descobrir de acordo com o quociente eleitoral quem tinha entrado e quem não tinha entrado lá pela altura da 1h30 de segunda-feira. 

Quando eu vi mesmo que eu tinha ganhado, demorou um pouco para cair a minha ficha, porque eu me candidatei para ajudar o prefeito que eu queria que ganhasse na época e não para ser eleita. Eu me candidatei preparada para perder devido à hipocrisia da sociedade. Quando eu vi que deu certo, eu carrego até hoje pelo resto da minha vida uma gratidão imensa a todas as pessoas de Salesópolis que fizeram parte dessa história, porque mostraram que a nossa sociedade ela não está perdida, existe sim ainda um elo de respeito entre os seres humanos.



CMN: Como você vê então você eleita vereadora trans, representando toda uma comunidade, e não só isso mas como você falou tantas pessoas que precisam de um auxílio, que estão se sentindo desassistidas?
Rebecca:
Eu vejo como um grande passo de evolução para nossa sociedade, porque para que eu pudesse chegar aqui hoje, milhares de pessoas como eu tiveram que morrer para que hoje conquistasse esse espaço, então hoje eu estou sendo a vitória de muitos corpos que sangraram, de muitas pessoas que foram desrespeitadas, de muitos filhos que foram expulsos de suas casas pelos pais e pelas mães, as pessoas que por direito deveriam amar e os abraçar.

Nós vivemos numa sociedade altamente hipócrita, mas uma sociedade que também é instigada pela religião. Então as pessoas elas confundem muito as coisas. Quando o Deus que a sociedade brasileira respeita serve com amor e carinho e tem aquele aquele grau de que nós devemos agradá-lo, isso aquilo tudo mas tem uma certa hora que para mim que sou uma mulher transexual e vivo atrás da cortina, eu vejo que diante dos olhos das pessoas é uma coisa e por trás dos olhos das pessoas é outra. Eles defendem muito o quesito religioso de Deus fez homem e mulher, então o homem nasceu para ser homem e a mulher nasceu para ser mulher, tudo aquilo que foge do tradicional é um absurdo, é uma abominação, é um pecado, uma vergonha só que para mim que amo a noite amo, a 'ferverção', gosto do babado, preconceito na minha concepção não existe, o que existe é maldade gratuita. 

Existe um estudo científico falando que quando você se incomoda com algo que não está te ferindo é porque você talvez tenha vontade de ser ou de experimentar. Então todos as pessoas que se incomodam com a figura de uma mulher transexual, eu acho que no fundo eles também têm vontade de exercer a mesma prática que nós exercemos, mas eles não têm culhão para segurar esse rojão.



CMN: Você falou da falta de apoio da família, e para você é muito pelo contrário, você é super acolhida pela sua mãe.
Rebecca:
Extremamente acolhida. Na verdade o meu pai foi embora de casa quando eu tinha 5 anos de idade, mas nós sempre tivemos um bom vínculo. A natureza do homem permite com que ele por vezes não haja tanto pelo racional do respeito e mais pelo desejo sexual, então ele foi embora com outra mulher de dentro da nossa casa, eu tinha 5 anos de idade mas ele sempre foi um pai muito presente, porém a minha criação, a minha boa educação e formação, eu devo a pessoa da minha mãe e a minha mãe é uma educadora que hoje em dia já aposentada.



CMN: Qual o nome da sua mãe?
Rebecca:
Emília Barbosa. Ela é uma mulher de muito respeito, de muita categoria. Dentro da minha casa eu aprendi o que é honestidade, o que é respeito e quando ela viu mesmo que eu me posicionei na figura de uma mulher trans, porque a transexualidade ela não é uma escolha, ela não é uma opção, é algo que não sei quando será explicado no quesito espiritual para o ser humano. Embora, se a gente for falar numa linguagem ampla da espiritualidade, por exemplo, dentro do espiritismo é uma alma que nasceu dentro de um corpo errado, mas eu sou cristã, evangélica e acredito que entre os céus e a Terra existem muitos mistérios que são desconhecidos do homem e eu só vou saber qual foi a minha função e missão nesta Terra quando eu desencarnar desse corpo e chegar lá onde eu nem sei onde eu vou, mas eu acho que lá eu vou descobrir qual foi a pegada dessa passagem aqui.


CMN: Sobre a função de vereadora quais são os projetos que você desenvolve? Como está esse trabalho?
Rebecca:
Os projetos desenvolvidos em Salesópolis acabam sendo muito mais assistencialistas. Os vereadores de Salesópolis não vivem à margem, eles vivem próximos da comunidade, então a Casa de Leis, onde é a casa do povo, nós deixamos muito claro que  tem portas abertas para toda e qualquer necessidade.

Se nós vamos conseguir resolver todos os problemas, nós não sabemos, mas tentar é a nossa obrigação. Então estarmos vereadores neste momento, fazendo esse entermeio do Poder Legislativo com Poder Executivo, porque é eles que executam, eles que fazem e acontecem, para nós é muito bom e os dilemas da sociedade de Salesópolis são dilemas que eu posso considerar pequenos. Nós somos uma cidade muito abençoada, antes nós não éramos assistidos por políticos que carregavam o município nas costas, hoje em dia nós temos o deputado estadual mais votado de Salesópolis, que hoje é o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (André do Prado).

Filho da nossa vizinha Guararema, ele até chama Salesópolis de princesinha do Alto Tietê. Então hoje nós somos assistidos, nós temos amparo, nós temos políticas públicas se porventura deu algum problema com alguma licitação de atraso na saúde, já existe um multirão, seja para um caminhão de mamografia, seja para exame de sangue ou para vários outros quesitos. Nós temos a educação número 1 do Alto Tietê com excelentes escolas e excelentes profissionais da educação. Existem problemas? existem e os méritos e desvantagens também existem. Mas as pessoas elas antes da crítica elas têm que entender, o que é que está sendo feito para melhorar o sistema e a evolução da nossa sociedade. 



CMN: Você destacaria alguma ação sua mais pontual desse trabalho?
Rebecca:
Eu acho que o meu trabalho mais específico, desde que eu entrei, o meu primeiro projeto aprovado foi da Procuradoria Especial da Mulher, que é um órgão autônomo que atua dentro da Câmara Municipal para a defesa de qualquer mulher vítima de qualquer tipo de violência. Eu sempre quis passar no meu mandato esse olhar de amparo esse olhar de 'o grito', da voz alçada em busca da liberdade, da democracia, do ir contra o 'isso não pode' porque na verdade o tal do 'isso não pode', já dizia o dito preconceito que para mim também é uma hipocrisia, ele vem só para atrasar sistema, para colocar à margem da sociedade vidas e pessoas que por sinal têm muito a oferecer, muito a contribuir, porque se você for analisar as pessoas mais desprezadas são as que têm o maior interno amoroso e é dentro de um coração bom que sai resultados bons. 

Então você hoje pega uma pessoa que diz: 'nossa o que que um homossexual, o que que uma bichinha, um isso aquilo vai ter serventia, vai banalizar o espaço, vai fazer perder respeito do espaço', e não, não tem nada disso existe muito travesti, mulher transexual, que tem muito mais conduta e respeito do que muitos colarinhos brancos que vivem nas Casas de Leis do Brasil.



CMN: Como você chegou a presidência da Câmara, como foi esse processo?
Rebecca:
Entrei oposição pronta para subir na tribuna e acabar com a vida de geral, mas um dia eu fui para um encontro político organizado pelo PL, a partir do nosso presidente da Assembleia Legislativa e do meu prefeito queridíssimo, o Vanderlon de Oliveira Gomes. Gosto muito do meu prefeito, tenho muito respeito dele e ele o meu, e nesses oito meses que permaneci oposição naquela fúria, você vem com uma ânsia desconhecida de você mesmo, porque o que ninguém fez, agora eu vou fazer, ilusão. Você não vai resolver nada, você vai unir forças e ter acesso a quem tem a caneta na mão para você fazer as coisas acontecerem. 

Nesses oito meses eu participei desse encontro e nesse encontro eu conheci um político antigo no meio público e ele falou: ''é teu primeiro mandato e você é posição ou oposição?', e eu falei: 'olha eu sou oposição'. Ele olhou para minha cara de maneira bem irônica e falou: 'tadinha porque na verdade enquanto você não descobrir o que é base de governo, o seu trabalho não vai ter bons frutos, você vai passar quatro anos, e por sinal você nem seja eleita de novo, porque você não vai apresentar nada para a sociedade'. Essa fala desse terrível martelou na minha cabeça de dia e de noite.

Ele é muito conhecido, mas vou poupar a pessoa dele. Um dia eu entrei no gabinete do meu prefeito e falei: 'olha o que que você tem de bom para me oferecer nesse mandato teu, porque já que eu preciso estar unida a uma famosa base de governo para que eu seja reconhecida, então eu quero fazer parte do grupo que vai fazer acontecer a diferença na nossa sociedade'. Ele deu risada e falou assim: 'Nós estávamos aguardando ansiosamente a tua vinda pro nosso lado, não para ter você junto de nós, mas para que você venha somar'. 

No primeiro ano, Salesópolis, tem uma tradição que, embora a presidência da Câmara seja uma eleição, Salesópolis tem uma tradição que o vereador mais votado ele vira presidente. Então no primeiro anos nós tivemos a vereadora Bruna Maria, que foi a mais votada e ela foi a presidente. No segundo ano, nós tivemos a vereadora Débora Borges, eleita presidente, e no terceiro ano, eu cheguei para ele (o prefeito) e falei: 'Agora eu quero saber qual é a minha serventia de ser base de governo, se eu não puder ser presidente da Casa de Leis'. Ele olhou pra minha cara e falou: 'Agora você me pegou de calça curta, mas nós vamos ter o prazer de na maior bancada do PL dos demais dentro da Câmara de Salesópolis fazer você a primeira mulher transexual presidente de uma Casa de Leis do Brasil'. Fiquei muito feliz, muito satisfeita, cheia de muita emoção, de muito gozo e eu acho que eu posso falar que eu senti dentro de mim naquele momento um pequeno passo de Justiça feito na vida de tantas outras que nunca foram imaginadas estarem sentadas no lugar, na cadeira que hoje eu sento. 


CMN: E como você se vê fazendo essa diferença?
Rebecca:
Falando um linguajar coloquial, um vocabulário informal, isso me dá tesão de vida porque você olha para pessoas e eu sou vítima, por exemplo, de deboche e risada todos os dias, em qualquer lugar que eu entro, em qualquer lugar que eu vou, existe umas cotoveladinhas, existe um sorrisinho de canto de boca e isso para mim nunca me feriu. Eu quero que o circo pegue fogo porque eu nasci ser feliz e eu nunca perdi nenhum momento da minha vida preocupada com o que você está achando, porque a tua opinião é um problema meramente teu. Então a partir do momento que você vai invadir o meu espaço e você vai querer falar: 'isso não pode, você não pode, você não é isso, você não é aquilo', aí nós vamos ter um problema e eu gosto de problema.

Quando eu realmente me posicionei, minha mãe falou: 'Rebecca, pai e mãe não dura pra sempre então toma cuidado com o mundo das drogas, porque pode existir caminhos que você não consiga sair sozinha. Não desrespeite o filho de ninguém porque nenhum pai e mãe coloca filho no mundo para ser desrespeitado... se alguém mexer com você, você me chama'. Eu fui criada por uma mulher de grande categoria, preparada para a guerra e me fez preparada para a guerra também, então a gente está pronta para tudo e para todos.


CMN: E a gente vai vencer essa guerra contra o preconceito?
Rebecca:
Na verdade, a guerra já está vencida. As pessoas elas só precisam ganhar espaço para elas também se posicionarem e ser quem elas são, porque o gênero não te limita, a sexualidade não te limita. De uma cartela de 90%, 100% dos homens que me cantam, um gay vai me cantar? O gay gosta de homem barbado, forte. O gay não me canta, quem que me canta são homens heterossexuais, na sua grande maioria casados, então onde é que existe a família tradicional brasileira que até agora eu não fui apresentada? Para mim, eles são uma mentira. Não vamos generalizar porque existem casais abençoados que se amam e merecem com todo respeito ser feliz, mas para mim o linguajar que polariza a sociedade de uma família tradicional brasileira, cheia da moral e dos bons costumes, para mim isso é uma grande papagaiada. 



CMN: Como você vê seu futuro, vai continuar na carreira política, na vereança?
Rebecca:
Olha eu acredito que o dia de amanhã está nas mãos de Deus. Eu não sei o que está reservado para mim, mas eu carrego muitas coisas boas dentro do meu coração e desde criança, dentro da igreja, eu aprendi que quando você tem um desejo bom dentro do teu coração, Deus realiza o desejo que tem dentro de você, então eu carrego isso com muita firmeza. Eu penso assim: 'meu desejo é bom, então Deus vai realizar'. O dia de amanhã está nas mãos Dele. Nessa base política que hoje nós estamos formando, se falarem: 'Rebecca você vai ser nossa próxima vereadora', está tudo certo. 'Rebeca, você vai apoiar a nossa campanha para que você seja nossa secretária de Governo', está tudo certo. 'Rebeca, nós queremos você de vez', tudo certo. 'Rebeca, nós queremos apenas o seu apoio', também está tudo certo.



CMN: Você comentou da Presidência da Câmara que era uma mulher, depois outra mulher, e hoje por você, como você vê isso? 
Rebecca: A presidência da Câmara de Salesópolis até este terceiro ano, só foi presidida por mulheres. Eu vejo isso como um tapa na cara da sociedade. Eu não gosto da palavra preconceito mas uma sociedade atrasada, pobre de espírito e pobre de inteligência. Quando você não tem uma evolução psicológica para compreender a necessidade do outro de ser quem ele é, de se portar da forma que ele tem vontade, porque convenhamos se você nasce biologicamente um homem, para você entrar dentro de um vestido e subir em cima de um salto alto, eu te garanto com todas as palavras que não é fácil.

Tem pessoas que olham para sua cara e falam: 'você é tão corajosa', só que na mesma hora que eu sei que eu preciso da coragem para mim é uma coisa comum, porque eu estou olhando no espelho. Eu estou me sentindo muito satisfeita comigo porque esta sou eu e eu passei muitas madrugadas da minha vida chorando, porque eu orava a Deus pedindo que ele me libertasse dos meus desejos tantos sexuais quanto da forma de me importar de maneira feminina e eu passei uma juventude abençoadíssima, sou crente até hoje, frequento a Congregação até hoje, mas eu passei uma juventude abençoadíssima sendo muito crente.

Não é à toa que a figura da mulher transexual ela era para ter sido colocado para fora há muitos anos, mas eu vesti terno e gravata até 26 anos de idade por respeito a minha fé. Então para eu chegar onde eu cheguei eu sou cingida de coragem sim e eu posso te garantir com todas as palavras que eu sou muito abençoada por Deus e qualquer pessoa que fale que eu não sou para mim, ele é um mero babaca, idiota e ele não tem serventia nenhuma na minha vida. 


CMN: Falando dos seus desejos para carreira, você falou que tem coisas que você quer e coloca na mão de Deus, para Deus abençoar. Revelaria algum desses desejos para gente?
Rebecca:
Eu acredito que esses meus desejos, e eu acho que eu deixo eles guardados dentro do coração do Senhor e o que ele tiver de bom para mim é aquilo que eu vou acatar porque eu nunca fui uma pessoa soberba. Nós vivemos a utopia do sonhos, de imaginar, por exemplo, um dia que nós vamos arrumar alguém que vai andar de mão dada com a gente na rua e vai nos respeitar. Todo vereador é mentiroso quando fala que nunca sonhou em ser prefeito, porque primeiro você pede para o prefeito realizar os seus desejos, mas um dia você quer ter a caneta na tua mão, para que você faça o negócio acontecer. 

Então nós também temos que ter senso do ridículo de esperar qual é o nosso momento, não é porque você foi eleita de cara uma vereadora que na próxima você vai ser candidata a prefeito, não. Você primeiro vai conquistar o teu espaço, vai fidelizar o teu eleitor, vai se unir a uma bela base que vai te ajudar e daí você vai ver o que vai acontecer no dia de amanhã e nós sempre esperamos que coisas boas aconteçam nos dias de amanhã.



CMN: Deixe uma mensagem para o nosso público, uma mensagem para quem ainda não se encontrou da forma que você se encontrou, da forma que você se vê hoje.
Rebecca:
Eu acho que a mensagem que eu posso deixar é que a vida é curta demais para a gente passar vontade, então a gente tem que ser muito feliz, independente de religião, de filosofia. Eu acho que nós sempre temos que ter firmados a nossa alma em algo que nos mantém de pé, sustentados de pé e o respeito, o amor ele faz você conquistar espaços que são inatingíveis no olhar de outras pessoas. Então você saber entrar e sair, saber amar, saber respeitar, ter caridade de abraçar aquelas pessoas que mais precisam nos momentos que mais precisam é uma coisa muito fundamental. Seja feliz, faça tudo aquilo que você tiver vontade e não se importe jamais com a opinião de alguém e 'pau no gato', bola pra frente, a vida é uma só, vamos para cima.