Um navio de guerra norte-americano lançador de mísseis chegou neste domingo (27) a Trinidad e Tobago, um arquipélago em frente à Venezuela, enquanto os Estados Unidos (EUA) aumentam a pressão sobre o presidente venezuelano, Nicolas Maduro, segundo jornalistas da Agência France-Presse (AFP). De acordo com os jornalistas, o navio podia ser visto de manhã ao largo de Port of Spain, a capital do pequeno arquipélago que fica a cerca de 10 quilômetros da Venezuela. A chegada do USS Gravely e de uma unidade de fuzileiros navais, para exercícios com o Exército trinitário, foi anunciada na quinta-feira (23) pelo governo do pequeno país de 1,4 milhão de habitantes. A visita ocorre no momento em que Washington enviou sete navios de guerra para o Caribe e um para o Golfo do México, oficialmente no âmbito de uma operação contra o narcotráfico, visando particularmente a Venezuela e o seu presidente, Nicolás Maduro. O presidente dos EUA, Donald Trump, também anunciou o envio de um porta-aviões. Desde o início de setembro, os Estados Unidos realizam ataques aéreos em águas caribenhas contra embarcações consideradas como pertencentes a narcotraficantes. Até agora, foram reivindicados dez ataques, nos quais morreram pelo menos 43 pessoas, de acordo com contagem da AFP baseada em números do governo norte-americano. Maduro, que refuta as acusações de tráfico de drogas, acusou na sexta-feira (24) os Estados Unidos de “inventarem uma guerra eterna” e acusou o país de querer derrubá-lo para se apoderar das reservas de petróleo da Venezuela. A primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, é uma fervorosa apoiadora de Donald Trump e desde que assumiu o poder, em maio de 2025, adotou um discurso tóxico contra o governo venezuelano, bem como contra a imigração e a criminalidade venezuelana em seu país. *É proibida a reprodução deste conteúdo. Relacionadas Em tensão com Venezuela, EUA enviarão porta-aviões à América do Sul Lula propôs ser interlocutor entre EUA e Venezuela, diz chanceler Maduro: Venezuela tem 5 mil mísseis antiaéreos para enfrentar EUA