O presidente norte-americano, Donald Trump, reúne-se nesta segunda-feira (18) com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que vai à Casa Branca acompanhado por uma “frente unida” de líderes europeus para discutir um acordo de paz na Ucrânia. Os líderes da Grã-Bretanha, Alemanha, França, Itália, Finlândia, União Europeia e Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) esperam apoiar Zelensky em um momento diplomático crucial da guerra e evitar qualquer repetição do encontro acalorado entre Trump e o líder ucraniano no Salão Oval em fevereiro. Trump vai receber primeiro o líder ucraniano às 13h15 (hora local) no Salão Oval, e depois todos os líderes europeus na Sala Leste da Casa Branca às 15h. “O presidente ucraniano pode pôr fim à guerra com a Rússia quase imediatamente, se quiser, ou pode continuar a lutar. Lembrem-se de como tudo começou. Não há hipótese de recuperar a Crimeia cedida por Obama (há 12 anos, sem que um único tiro fosse disparado) e não há hipótese de a Ucrânia entrar na Otan", escreveu Trump em sua plataforma Truth Social. Depois das declarações de Donald Trump, o presidente ucraniano escreveu na rede social X que está “grato” ao presidente norte-americano pelo encontro e frisou: "Todos nós temos o profundo desejo de pôr fim a esta guerra de forma rápida e fiável. E a paz deve ser duradoura". “A Rússia deve acabar com esta guerra - a guerra que começou. E espero que a nossa força comum com os Estados Unidos e com os nossos amigos europeus obrigue a Rússia a uma paz real”, acrescentou. Precedida por novos ataques russos mortíferos a várias cidades ucranianas, a reunião na Casa Branca será a primeira neste formato desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022. O encontro deve permitir abordar, particularmente, possíveis concessões territoriais e o fornecimento de garantias de segurança, para pôr fim ao conflito mais sangrento na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. A reunião desta segunda-feira em Washington foi precedida de outra, no sábado (16), entre os líderes norte-americano e russo no Alasca, que terminou sem um acordo de cessar-fogo, como pretendia Donald Trump. O cessar-fogo tem sido colocado por Kiev como condição prévia para qualquer negociação. Após o encontro com Putin e contatos com Zelensky e líderes europeus, o presidente norte-americano passou a defender um acordo de paz como solução para a guerra na Ucrânia, iniciada com a invasão russa em fevereiro de 2022, argumentando que as tréguas falham frequentemente. A última visita do presidente ucraniano à Casa Branca ocorreu em 28 de fevereiro, quando foi repreendido e humilhado publicamente no Salão Oval por Donald Trump e pelo vice-presidente JD Vance, que reprovaram a falta de reconhecimento pelo apoio americano. *É proibida a reprodução deste conteúdo. Relacionadas Líderes europeus se juntarão a Zelensky em encontro com Trump Trump e Putin encerram reunião sem acordo, mas com diálogo "produtivo"