Alemanha, França, Reino Unido e a União Europeia condenaram hoje o assassinato de dois israelenses, funcionários da embaixada de Israel na capital norte-americana, Washington. Os dois funcionários foram mortos a tiro em frente ao Museu Judaico de Washington, na noite de quarta-feira (21). De acordo com as autoridades norte-americanas, o suposto autor dos disparos apelou pela libertação da Palestina enquanto era detido. O suspeito foi identificado como Elias Rodriguez, 30 anos, de Chicago. Vítimas As vítimas do atentado foram identificadas como Yaron Lischinsky e Sarah Milgrim. O embaixador israelense em Washington, Yechiel Leiter, confirmou ao The Guardian que as vítimas eram um casal prestes a ficar noivo oficialmente. O casal estava próximo ao Museu Judaico, onde participariam de um evento para jovens profissionais judeus, organizado pelo American Jewish Committee (AJC).  O evento tinha como objetivo encontrar soluções humanitárias durante a guerra na Faixa de Gaza. Repercussão O chanceler alemão Friedrich Merz condenou veementemente o crime considerando que se tratou de um ato hediondo. "Estou chocado com a notícia do assassinato de dois funcionários da embaixada israelense em Washington. Os nossos pensamentos estão com as famílias das vítimas. Neste momento, temos de assumir que se trata de um ato antissemita", afirmou Merz através das redes sociais. O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, David Lammy, disse estar horrorizado com o ataque que classificou como "ato terrível de antissemitismo". O ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Jean-Noel Barrot, também condenou o crime, acrescentando que se tratou de um ato odioso antissemita. "O assassinato de dois membros da embaixada israelense perto do Museu Judaico em Washington é um ato odioso da barbárie antissemita. Nada pode justificar tal violência", escreveu Barrot nas redes sociais. A chefe da diplomacia da União Europeia Kaja Kallas disse hoje estar chocada com o homicídio dos dois jovens e garantiu que não há "lugar para o ódio e o extremismo". "Chocada com o tiroteio de dois funcionários da embaixada israelense em Washington DC. Não há e não deve haver lugar nas nossas sociedades para o ódio, o extremismo ou o antissemitismo", escreveu Kallas. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, qualificou de "horrível" a morte dos dois funcionários da embaixada israelense. Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que ordenou o reforço das medidas de segurança em suas missões diplomáticas em todo o mundo. O ataque na capital norte-americana ocorre no momento em que o Governo israelense é alvo de crescentes críticas internacionais pela condução da ofensiva na Faixa de Gaza. *Com informações de agências parceiras   Relacionadas Funcionários da embaixada israelense são mortos a tiros em Washington