O Papa Francisco, nascido na Argentina, manteve uma relação de proximidade com o Brasil. Foram duas visitas ao país, uma como cardeal, em 2007, e a outra como papa, em 2013. Além disso, foram muitas referências ao país com mais fiéis católicos no mundo, como o dia em que ele disse, brincando, que “Deus é brasileiro”. Jorge Mario Bergoglio morreu na madrugada de segunda-feira (21), vítima de um acidente vascular cerebral (AVC) e por insuficiência cardíaca. Ele tinha 88 anos e ocupou o cargo máximo da Igreja Católica por 12 anos. Seis anos antes de ser eleito papa, em maio de 2007, Bergoglio esteve na cidade de Aparecida, São Paulo, para a 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe. Ele era cardeal arcebispo de Buenos Aires à época. O encontro dos bispos latino-americanos, convocado pelo papa João Paulo II, debateu diferentes temas. Entre eles, a situação da Amazônia e das populações originárias e afro-americanas, além de questões de gênero. Bergoglio foi responsável por liderar a escrita do documento final. Em julho de 2013, já como papa, a primeira viagem apostólica de Francisco foi ao Brasil. Ele veio ao país por ocasião da 28ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o primeiro evento do tipo em um país de língua portuguesa e o segundo na América do Sul. O evento foi realizado no Rio de Janeiro. Em Aparecida Dias antes de desembarcar no Rio, Francisco esteve novamente em Aparecida, onde visitou a basílica. Depois seguiu para o Rio, onde primeiro visitou o Hospital São Francisco de Assis, na Providência de Deus, na Zona Norte. Papa Francisco foi saudado, em 2013, por milhares de pessoas no Rio de Janeiro - Foto: Arquivo - Tânia Rêgo/Agência Brasil Também esteve na comunidade de Varginha, na favela de Manguinhos, onde destacou a acolhida dos brasileiros. “Desde o primeiro instante em que toquei as terras brasileiras e também aqui junto de vocês eu me sinto acolhido. E é importante saber acolher; é algo mais bonito que qualquer enfeite ou decoração”, disse o papa. A JMJ teve como palco principal a praia de Copacabana. Dados oficiais estimaram um público de 3,7 milhões de pessoas durante a Missa de Envio no último dia do evento, 28 de julho. Antes de voltar para o Vaticano, Francisco brincou sobre as rivalidades entre o Brasil e a Argentina. Disse que “quanto à rivalidade, creio que já está totalmente superada. Porque negociamos bem. O papa é argentino e Deus é brasileiro”. Relacionadas Morte do papa Francisco: “Tudo aconteceu muito rápido”, diz Vaticano Funeral do papa Francisco será realizado sábado, anuncia Vaticano Lula celebra Francisco como o papa da esperança, da alegria e da paz