A Ucrânia informou, nesta quarta-feira (26), que chegou a um acordo "preliminar" para entregar a receita de alguns de seus recursos minerais aos Estados Unidos, antes da esperada viagem a Washington do presidente Volodymyr Zelensky, prevista para sexta-feira (28). O acordo é fundamental para as tentativas ucranianas de garantir forte apoio do presidente dos EUA, Donald Trump, que busca um fim rápido para a guerra da Rússia na Ucrânia. As negociações entre EUA e Rússia até agora excluíram Kiev e devem continuar nesta quinta-feira. "O principal para mim é que não somos devedores. Não há dívida de US$ 500 bilhões no acordo, nem US$ 350, nem US$100 bilhões, porque isso seria injusto", disse Zelensky em entrevista coletiva sobre o acordo. Trump apresentou o acordo como um pagamento de bilhões de dólares em ajuda a Kiev durante a guerra. Zelensky tem pedido garantias de segurança em troca dos direitos minerais, mas não está claro se essas exigências foram bem-sucedidas. "Esse acordo faz parte de nossos acordos mais amplos com os Estados Unidos. Esse acordo pode fazer parte de futuras garantias de segurança. Um acordo é um acordo, mas precisamos entender a visão mais ampla", afirmou Zelensky. "Esse acordo pode ser um grande sucesso ou pode passar em branco. E o grande sucesso depende de nossa conversa com o presidente Trump." O primeiro-ministro ucraniano, Denis Shmyhal, disse que Washington se comprometeria a apoiar os esforços de Kiev para obter garantias de segurança sob o acordo finalizado, mas os norte-americanos não ofereceram nenhuma promessa de segurança própria. Trump declarou a repórteres, na terça-feira, que Zelensky quer ir a Washington na sexta-feira para assinar um "acordo muito grande". *É proibida a reprodução deste conteúdo. Relacionadas Guerra da Ucrânia completa 3 anos; entenda reviravolta pós-Trump Parlamento Europeu lembra três anos de guerra na Ucrânia