Com história óbvia, bom elenco e direção apenas eficaz, "I Love Paraisópolis", assinada por Alcides Nogueira e Mário Teixeira se destacou, justamente, por sua falta de ousadia. Com títulos fracos às nove da noite, como "Babilônia" e "A Regra do Jogo", a novela protagonizada por Bruna Marquezine e Maurício Destri deu relevância ao horário das sete. 
"I Love Paraisópolis" tem a seu favor o carisma de seus personagens. Principalmente, os protagonistas. Na pele de Marizete e Benjamim, Bruna e Maurício personificaram a clássica história da gata borralheira e do príncipe encantado. Para completar, Grego, o vilão de "araque" de Caio Castro, e o "peso leve" Margot, de Maria Casadevall, valorizaram a história de amor principal e ainda conseguiram se destacar.
Na falta de um bom antagonista, os autores resolveram recorrer ao experiente Lima Duarte e seu Dom Peppino. O tão propagado núcleo cômico capitaneado por Tatá Werneck prometeu muito, e foi apenas funcional. A dupla de autores foi esperta ao utilizar o talento de intérpretes como Nicette Bruno, Ângela Vieira e Danton Mello. ("I Love Paraisópolis", Globo. De segunda-feira a sábado, às 19h20).