Passados pouco mais de três meses da estreia de Xuxa Meneghel na Record, é visível que a apresentadora está diferente. Depois de quase 30 anos na Globo - tirando um breve período de carreira internacional -, a ingratidão passa longe do discurso da loura, que há muito esperava pelo atual grito de liberdade. "Encontrei muitas coisas aqui que eu não tinha lá. Tenho autonomia total para fazer o que quiser. Mas isso não quer dizer que estou falando mal de lá. São momentos diferentes", garante.
Contratada a peso de ouro para comandar ao vivo o "Programa Xuxa Meneghel", ela garante que não sofreu qualquer tipo de pressão em relação à audiência. "Nunca tive um programa à noite, ao vivo, nesse formato. A minha própria cobrança já é muito grande. Estou fazendo de peito aberto e nunca me foi pedido nada em relação a número", jura. Apesar da boa repercussão -
desde o primeiro programa, a produção é o assunto mais comentado das redes sociais durante sua exibição -, a média é de oito pontos no Ibope.
Natural de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, Xuxa queria acompanhar o crescimento do seu público. Reconhecida por apresentar programas infantis nas décadas de 1980 e 1990, a "rainha dos baixinhos" desejava comandar uma produção voltada para adultos. "Quero falar sobre outras coisas, ouvir outras coisas, abordar outros tipos de tema, fazer as perguntas que eu quero quando entrevisto alguém. É isso que venho buscando há anos", justifica.
"Blindada" por sua antiga emissora, ela pretende ficar mais perto do público no novo programa. Por isso, o "Toc Toc", quadro em que Xuxa visita seus fãs, tem vida longa na produção. "A gente entra na casa das pessoas e não sabe como é a cara delas, onde elas moram. Quero saber quem está me vendo", explica a apresentadora. ("Programa Xuxa Meneghel", Record. Segunda-feira, às 22h30).