As expectativas sobre "A Regra do Jogo" eram altas. Além de ser de autoria de João Emanuel Carneiro, responsável pelo texto da badalada "Avenida Brasil", a novela substituiria a mal-sucedida "Babilônia" na faixa das 21 horas. Em uma primeira análise, elementos para dar certo, não faltavam. Contudo, não demorou muito para que fosse possível perceber que a trama não causaria o mesmo rebuliço que a última do autor. São raras as cenas em que o clima tenso não predomina.  
Um dos alívios da história é o núcleo da família de Feliciano, papel de Marcos Caruso. Mas todos que vivem naquela cobertura decadente parecem formar uma cópia mal feita do que foi a casa de Tufão, de Murilo Benício, em "Avenida Brasil". Quem funciona muito bem na comédia é Monique Alfradique. Na pele de Tina, a atriz é responsável pelos momentos mais engraçados da novela. 
O casal Romero e Atena, de Alexandre Nero e Giovanna Antonelli, também protagoniza as sequências que fazem a vontade de mudar de canal ir embora. O entrosamento já vem de trabalhos anteriores. Na ponta dramática, Cássia Kis rouba todas as cenas. ("A Regra do Jogo", Globo. De segunda-feira a sábado, às 21h10).