A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e concessionárias apoiam, mais uma vez, a campanha "Janeiro Roxo - Todos contra a Hanseníase". O objetivo é alertar os motoristas e usuários sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da hanseníase, doença transmitida pelo bacilo Mycobacterium leprae, que afeta os nervos e é transmissível. Além disso, os prédios da Artesp e das concessionárias serão iluminados com a cor roxa. A iniciativa ocorre em parceria com a Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH) desde 2015. Este é o 7º ano em que a agência reguladora e as operadoras de rodovias participam da ação.
A agência e as concessionárias também divulgarão conteúdos em suas redes sociais e para seus públicos internos. Claudio Salgado, presidente da SBH, comenta que as parcerias têm contribuído significativamente com a estratégia de dar visibilidade à doença. "É preciso que a sociedade saiba que a hanseníase é um problema de saúde pública, que é preciso aumentar os diagnósticos, dar tratamento digno aos pacientes, orientar a população e formar profissionais de saúde para enfrentar este cenário".
Janeiro Roxo
Em 2016, o Ministério da Saúde oficializou o mês de janeiro e adotou a cor roxa para ações de conscientização sobre a doença. A campanha "Todos Contra a Hanseníase" acontece durante o ano inteiro, mas é intensificada durante o primeiro mês do ano. A SBH é parceira oficial da ação global NTD World Day-Neglected Tropical Diseases World Day, que acontece em todo o mundo.
O Brasil, em média, registrava cerca de 30 mil novos casos por ano antes da pandemia, mas a SBH alerta que existem de três a cinco vezes mais casos sem diagnóstico e uma endemia oculta "altíssima" de hanseníase. Significa milhares de pessoas sem tratamento e transmitindo o bacilo a pessoas saudáveis. Segundo a SBH, o país vem registrando um aumento do percentual de pessoas diagnosticadas com grau 2 de incapacidade física (sequelas incapacitantes) como consequência de diagnósticos tardios.
O mais recente Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde mostra que, de 2016 a 2020, foram diagnosticados 155.359 casos novos de hanseníase no país. A doença tem cura e tratamento gratuito em todo o território nacional. O diagnóstico é clínico, ou seja, o paciente apresenta um conjunto de sinais e sintomas que podem ser identificados em consulta médica. Em tratamento, o doente deixa de transmitir a hanseníase.