Faz tempo que os retrovisores deixaram de ser estruturas para abrigar espelhos para ver o que se passa atrás do veículo. Integrados ao desenho da carroceria, eles viraram elementos de estilo e interferem diretamente na aerodinâmica do carro.
É por isso que modelos mais esportivos em geral têm peças pronunciadas e, muitas vezes, com hastes vazadas, de modo a diminuir a resistência à passagem do ar. Outra solução que envolve os retrovisores é o direcionamento do fluxo para entradas de ar específicas, para ajudar a resfriar os motores centrais de superesportivos como Ferrari e McLaren.
Mesmo com dimensões reduzidas e perfil mais esguio, esses componentes ainda respondem por um razoável arrasto aerodinâmico Isso se traduz em aumento do consumo de combustível.
Pensando nisso, a Volkswagen retirou as peças do XL1, modelo focado na autonomia. O exótico cupê usa apenas câmeras - as imagens são projetadas em telas na cabine. Essa solução contribui para que o carro possa rodar cerca de 100 km com um litro de diesel.
Quando o campo de visão é limitado, os retrovisores podem incluir monitores de "ponto cego". Sistemas eletrônicos avisam o motorista, por meio de luzes no próprio espelho, toda vez que houver algum veículo próximo, mas fora da área de visão.
Japão
Os antigos carros japoneses têm retrovisores espetados nos para-lamas dianteiros como modo de protecionismo de mercado. A medida, que foi criada por uma lei que valeu até 1983, tinha, entre os objetivos, dificultar a entrada de veículos estrangeiros.
Mesmo com o fim dessa regra, vantagens como campo de visão ligeiramente maior e o menor espaço adicionado à largura do carro fizeram com que esse solução continue sendo adotada pelos táxis japoneses.