Bastam alguns quilômetros ao volante do Corolla para entender as razões pelas quais o Toyota lidera as vendas do segmento há tanto tempo. É o típico carro certinho, sem nada que o desabone.
As poucas críticas que recaíam sobre a geração anterior (visual conservador e câmbio automático de quatro marchas) desapareceram na atual. A versão avaliada, Altis, é a de topo de linha e tem tabela de R$ 100.990. Não traz muita coisa que o Focus Titanium oferece, caso dos faróis de xenônio, auxílio automático de estacionamento e teto solar, mas vem com TV digital - em tela de 7".
O Corolla roda em silêncio e a suspensão isola os ocupantes das irregularidades do piso. Na traseira o sistema não é independente. Ainda assim, o acerto é muito bom. As respostas do motor 2.0 flexível agradam. Seus 153 cv não chegam perto dos 178 cv do Focus (ambos com etanol), mas, ao contrário do que os números sugerem, na prática não se nota tanta diferença no desempenho. Ele funciona em harmonia com o câmbio automático CVT, continuamente variável.
O acabamento é exemplar, com superfícies macias ao toque. E o espaço no porta-malas e no banco traseiro é bom. Em termos de estilo, faltou ao interior a ousadia que a marca imprimiu no lado de fora. Externamente, o Corolla é moderno e atraente, mas o desenho do painel não acompanhou o estilo. Além disso, traz relógio separado dos demais instrumentos, algo que faz lembrar carros bem mais antigos.