Deixar um carro solto - com o câmbio em ponto morto e sem o "freio de mão" acionado - em um estacionamento ainda é um hábito comum, principalmente quando as garagens estão lotadas. A solução permite que o veículo seja empurrado para liberar passagem ou espaço para outros sem necessidade de o motorista deixar a chave. Mas, com o aumento do número de modelos automáticos, a prática está mais complicada.
Neles, há mecanismos para obrigar o motorista a levar o câmbio para a posição "P" (Park, que significa estacionamento, em português) - que funciona como um segundo "freio de mão". "A posição 'p' é sempre mais segura", diz o proprietário da oficina especializada Edermatic (5181-6060), na zona sul.
Conforme as montadoras, essa solução tem o objetivo de garantir a segurança. "Deixar o carro solto é perigoso. Se ele andar, pode atingir outro veículo, ou mesmo uma pessoa", diz o gerente de treinamento da BMW, Emílio Paganoni.
Nos carros manuais, é impossível colocar um sistema que impeça o motorista de deixá-lo em ponto morto. Porém, eles estão tão suscetíveis a acidentes quanto os automáticos.
Para estes, há diversos mecanismos. Nos veículos mais simples, desligar o carro com o câmbio fora da posição "P" vai impedir o motorista de retirar a chave do contato.
Nos mais sofisticados, com chave presencial, desligar o veículo é possível, mas há outros mecanismos para impedir que o motorista o deixe engrenado ou em ponto morto. Nos Audi e VW, o carro não pode ser trancado com a alavanca fora da posição de estacionamento.
Nos modelos da alemã BMW, ao desligar o motor, o câmbio passa automaticamente à "P". Já no mexicano Nissan Sentra, dá para deixar o carro engrenado ou em ponto morto. Porém, ele emitirá um aviso sonoro até que a alavanca seja colocada em "P" (A.E).