O Honda HR-V tem a vantagem de ser um carro mais bruto, melhor que seu rival neste comparativo para enfrentar buracos, leves alagamentos e estradas de terra um pouco mais danificadas. Mas nada muito severo, por não ter tração 4X4 nem como opcional.
Assim, fica claro que o modelo foi preparado pela Honda para ser um utilitário-esportivo urbano. E, nessa missão, ele tem muitas qualidades, como bom espaço interno, conforto e um porte imponente.
A construção sólida do HR-V agrada, assim como o seu trabalho de suspensão. A carroceria é bem neutra em curvas, não há deslocamento de peso para a dianteira em frenagens bruscas e ele tem uma boa estabilidade. Um comportamento raro em utilitários.
Porém, nem na hora de mostrar vocação para rodar na cidade ele consegue se equiparar à Golf Variant. Além de todos os bons atributos da versão hatch, ela ainda mostra um deslocamento aerodinâmico melhor. É como um "torpedo asfáltico", centrada no chão, excelente em curvas - o multilink da VW é melhor que o eixo de torção do Honda - e com um nível de absorção de impactos muito bom - mesmo que a suspensão tenho sido feita originalmente para rodar no ótimo asfalto alemão.
Os freios são eficientes em ambos, mas com um curso menor de pedal no Honda, que é mais sensível na arte de parar.
A perua oferece um pouco mais de espaço, com um entre-eixos levemente maior, 168 litros a mais no porta-malas (640 litros) e um nível similar de equipamentos.