O marceneiro Abraão Souza Santana, de 39 anos, foi preso ontem de manhã, na rua Benedito Cardoso dos Santos, no Jardim Carmen, em Suzano, depois de ser acusado pela própria esposa, uma comerciante, 31, que afirmou ter sido torturada e violentada, durante toda a noite de domingo para segunda-feira. Santana precisou ser algemado, uma vez que tentou agredir os policiais quando foi detido. Ele foi preso em flagrante.
A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), onde o crime foi registrado, informou à reportagem que a vítima estava aguardando os policiais em frente a um supermercado da avenida Jaguari, no mesmo bairro, após conseguir fugir do marido. A comerciante mostrou os hematomas que o suspeito teria feito em seu corpo, inclusive com a utilização de um facão. A mulher ainda declarou que foi obrigada a manter relação sexual com o homem, sob forte ameaça.
Quando a viatura chegou na casa do casal, Santana teria aparecido na janela, mas em seguida retornado para o interior da casa. Um dos policiais entrou no imóvel e pediu ao suspeito que o acompanhasse. Este, por sua vez, se negou e partiu em direção aos PMs, na tentativa de agredi-los, entretanto o homem foi contido e levado à DDM.
Tinha medo
Em conversa na delegacia, Santana informou que teria jogado o facão e demais objetos sujos de sangue, em um rio, próximo a casa. Policiais foram até o local indicado pelo marceneiro, mas nada foi encontrado. Questionado, ele não explicou porque agrediu a mulher.
A comerciante, por sua vez, foi levada ao Pronto-Socorro municipal de Suzano e lá mesmo foi ouvida. Ela destacou que o suspeito sempre foi violento, porém, nunca registrou nenhuma queixa, por medo do marido. Disse ainda que, se não tivesse conseguido fugir e chamar a PM, o esposo a teria matado. A vítima continua internada no Pronto Socorro.