Fábio Bezerra da Cunha, de 35 anos, foi morto durante um assalto na rua São José do Rio Preto, no Jardim Débora, em Poá, por volta da meia-noite do domingo, enquanto fazia um "bico" de entregador de pizzas. A vítima também era advogado formado há dois anos e trabalhava, segundo o padrasto dele José Roberto Cardoso, 52, para uma empresa de segurança e limpeza em São Paulo, reservando as noites ou finais de semana para a pizzaria. "Ele era separado e tinha dois filhos. Era um rapaz muito trabalhador e não tinha desavenças com ninguém, nem recebia ameaças. Trabalhava na pizzaria há muitos anos, antes até de se formar", contou ontem ao jornal, por telefone.
Segundo o boletim de ocorrência de "roubo seguido de morte", registrado na delegacia da cidade, Cunha estava com uma motocicleta Honda amarela, de placas não anotadas, trabalhando para a pizzaria como fazia há dez anos. Em determinado momento, ele teria sido abordado por um desconhecido, que levou a moto, bem como a máquina de cartões da pizzaria. No B.O. não são relacionadas testemunhas do fato.
A vítima foi encontrada ferida, caída na rua, somente após moradores ouvirem barulhos de tiros e acionarem a Polícia Militar.
Após receber denúncia, policiais disseram, no distrito policial, que uma viatura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado logo depois dos disparos e que um médico constatou a morte da vítima às 2h15 da madrugada.
Peritos do Instituto de Criminalística (IC) de Mogi das Cruzes também foram até o local e recolheram dois projéteis, sendo um deles no interior da garagem de um imóvel e outro na guia em frente à residência. 
O advogado baleado morava no Jardim São José, também em Poá. Conforme o padrasto dele afirmou à polícia, ele era uma "boa pessoa, trabalhador, que nunca se envolveu em qualquer tipo de problema e que nunca fôra ameaçado".
O caso agora segue para investigação no Setor de Homicídios (SH) de Itaquaquecetuba.