Após dez dias de internação, a dona de casa Maria Luiza de Paula Pires, de 27 anos, que teve quase 50% do corpo queimado, morreu, na madrugada de ontem, no Hospital Municipal do Tatuapé, na zona leste da capital paulista. O ex-marido de Maria Luiza, o desempregado Jeferson de Moraes Pires, 34, é o principal suspeito de ter ateado fogo na mulher. O corpo da vítima será sepultado no cemitério São Salvador, em Mogi das Cruzes.
Segundo informações passadas pelo hospital, a vítima teve queimaduras de segundo e terceiro graus. Vale lembrar que a dona de casa procurou a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) por várias vezes, quando foi ameaçada, com direito à medida protetiva contra Pires. Quando o desempregado desobedeceu a ordem judicial, a delegacia pediu a prisão temporária dele, mas a solicitação não foi concedida pela Justiça.
O crime ocorreu na manhã do último dia 13, no Jardim Maricá, em Mogi. Testemunhas informaram aos policiais militares, que atenderam a ocorrência, que viram Pires correndo atrás de Maria Luiza, que tentava fugir do ex-marido. Ao alcançar a mulher, o suspeito jogou gasolina em cima da vítima e ateou fogo. Quando o crime ocorreu, Maria Luiza estava com o documento que lhe garantia a medida protetiva na mão.
Fuga
Alguns homens que presenciaram a cena tentaram segurar Pires, porém o suspeito conseguiu fugir e se escondeu dentro de uma loja de conveniência de um posto de combustíveis. A PM precisou ser chamada para evitar que o suspeito fosse espancado. Ele foi preso em flagrante.
A vítima procurou a DDM em quatro oportunidades diferentes, em uma delas o mesmo suspeito a teria violentado.
No momento em que foi preso, Pires foi denunciado por tentativa de feminicídio, utilizando meios cruéis para tentar matar a vítima.
Agora, com a morte da dona de casa, o caso segue em segredo de justiça.