Levi Bento, de 21 anos, e Mateus Cardoso Rodrigues, 18, foram presos, na tarde de ontem, na rua Eugênio Manoel da Costa, no distrito de Jundiapeba, em Mogi das Cruzes, suspeitos de participarem de uma quadrilha que invade as casas das vítimas, obrigando-as a entregarem joias e dinheiro. Caso não obedecessem, ameaçavam cortar os dedos dos moradores. A prisão da dupla contou com a atuação de policiais civis do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra) e dos policiais militares Fragoso e Miquéias, do 17º Batalhão, que auxiliaram na abordagem aos suspeitos. Neste caso, eram cinco os participantes da quadrilha que invadiu a residência e aterrorizou os moradores.
Conforme as vítimas, o quinteto chegou no local e fez os ocupantes do imóvel reféns, entre eles, a dona da casa, de 80 anos. "Me disseram o seguinte: 'A senhora só fala quando eu perguntar onde está o dinheiro'", disse a mulher.
Um serralheiro, 33, que estava no local trabalhando como jardineiro, também contou como foi a invasão da quadrilha. "Eu saí de casa para chamar meu primo e eles já me renderam. Falaram que só queriam saber dos objetos de valor para subtrair, que nada iria acontecer".
O grupo, então, entrou na casa e rendeu também uma doméstica, 56. "Eu estava com um bebê no colo e mandaram entregar ele para fazer de refém, mas disse que não. Eles ameaçaram cortar nosso dedo se a gente não desse dinheiro".
Foi o neto da dona da casa que percebeu algo de errado. Ao ver os policiais do Garra, o rapaz acenou e contou que havia algo de errado no interior do imóvel. "Assim que nós chegamos já vimos o primeiro suspeito. Depois chegou o pessoal da PM, entramos na casa e dissemos que éramos da polícia", informou o policial civil Ricardo, que participou da ação junto com o colega Mineiro.
Ao entrar na casa, parte da quadrilha fugiu, mas os suspeitos Bento e Rodrigues foram presos. Bento, inclusive, estava armado e caiu do telhado quando foi detido. A arma usada no crime, um revólver calibre 22, municiada, foi apreendida. (F.M.)