Durante a Operação "Peregrino", desenvolvida com foco no combate à pornografia infantil, a Polícia Federal (PF) esteve ontem em Ferraz de Vasconcelos e Poá, além da capital e outros municípios da Grande São Paulo, para apreender material suspeito, como fotos e vídeos, que podem ter relação com a pedofilia.
Segundo a assessoria de imprensa da PF, ninguém foi preso, porém, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em cinco endereços de cidades diversas. O órgão frisou que não poderia informar os bairros onde os agentes estiveram e nem mais detalhes sobre a operação porque, por se tratar de investigação de crimes sexuais e por envolver também menores de idade, as ações policiais correm sob sigilo. No entanto, o departamento de comunicação da PF ressaltou que, caso a análise do material apreendido resulte na confirmação de abusos contra crianças, os fatos poderão ter desdobramentos como as prisões dos suspeitos.
A assessoria não revelou o motivo da operação ter sido batizada com o nome "Peregrino". Mas, afirmou que o objetivo foi a repressão contra o crime de pedofilia pela Internet no estado de São Paulo. Os cinco mandados de busca e apreensão, que culminaram em vários materiais apreendidos para exame pericial, referem-se a investigações distintas, todas envolvendo compartilhamento de arquivos contendo imagens de pornografia infantil na rede virtual. As ações aconteceram no bairro de Santa Cecília, na capital, e nas cidades de Ferraz, Poá, Cotia e Santana do Parnaíba.
Foram apreendidos equipamentos de informática, que passarão por perícia técnica na sede da PF em São Paulo, a fim de descobrir qual a responsabilidade dos investigados nos casos.
A Polícia Federal lembrou que o mero compartilhamento de imagens pornográficas de menores, mesmo que não tenha havido abuso físico por parte do responsável pela difusão das imagens, é crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e, cuja pena pode ser de três a seis anos de reclusão, além de multa.