Mudanças no cenário político do Brasil. É o que esperam os deputados estaduais com a possível destituição da presidente da República, Dilma Rousseff (PT). O resultado da votação sobre o impeachment, na Câmara dos Deputados, no último domingo, repercutiu entre os parlamentares da região, que se mostraram favoráveis ao processo, que ainda será encaminhado para o Senado.
Na avaliação deles, poderá demorar para o Brasil se restabelecer, mesmo com a saída da petista do cargo. O deputado Luiz Carlos Gondim (SDD) disse que não esperava que o resultado fosse tão amplo. "Acho que ainda deve demorar um pouco para que o País volte a crescer, mas do jeito que estava não tinha como continuar. A presidente perdeu a governabilidade. A votação também nos mostrou o enfraquecimento político dela e, sem isso, é impossível governar", avaliou.
Gondim ainda fez uma avaliação sobre a postura do Legislativo. "Acho que todo o processo não foi levado a sério pela dimensão da gravidade. Faltou serenidade e respeito aos parlamentares. Também acho que a sessão não deveria ter sido presidida por Eduardo Cunha". 
Para o parlamentar Estevam Galvão (DEM), o resultado é positivo. "Enfim, vencemos essa primeira batalha. Temos a continuação da 'guerra' no Senado, o qual também venceremos. Em seguida, vamos vencer também a recessão, o desemprego e, principalmente, as bandalheiras cometidas por um governo que se dizia melhor que todos".
O deputado André do Prado (PR) também avaliou o resultado da votação. "Penso que os deputados federais deram 'voz' ao clamor das ruas". Ele lembrou ainda do momento de crise. "A presidente não terá condição de governar e propor algum tipo de ação que venha conduzir o País nesse difícil período. Se houver o impeachment, acredito em possibilidades para renovar com um modelo de governo de coalizão, visando a restauração de medidas na esfera pública, adotar melhores práticas administrativas e implantar ações favoráveis à estabilidade social, à geração de emprego e desenvolvimento", ressaltou.
O deputado Marcos Damásio (PR) afirmou que esperava o resultado, por conta da crise. "Caso o processo avance no Senado, espero que o novo governo seja rápido e eficiente nos ajustes necessários, adquira confiança e credibilidade, e traga perspectivas positivas para a economia". (F.F.)