O medo da gripe H1N1 está fazendo com que os estoques de álcool em gel se esgotem rapidamente nas farmácias da região. Alguns estabelecimentos perceberam o aumento pela procura do produto em 40%, enquanto outros dizem que as vendas cresceram mais de 100% com o surto da doença. As máscaras cirúrgicas também viraram alvo dos consumidores durante este período. O vírus já matou mais de 50 pessoas em todo o estado, inclusive, uma das vítimas fatais é de Mogi das Cruzes.
Os farmacêuticos estão correndo com os pedidos para conseguir manter ou repor as prateleiras, mas também existe a dificuldade de comprar o produto, já que algumas distribuidoras não têm os itens para entrega, por conta do aumento na procura. O álcool em gel é indicado para a prevenção da doença, já que os especialistas recomendam lavar bem as mãos com o produto ou com água e sabão.
"O meu estoque está quase esgotado. Faltam poucos produtos para zerar", afirmou Paulo Celestino, que é proprietário de uma farmácia no distrito de Brás Cubas, em Mogi.
Ele conta que sente os clientes preocupados com o surto da gripe H1N1, também conhecida como Influenza A. "Eu fiz o pedido do álcool nesta semana e o fornecedor disse que só poderá entregar a metade do que solicitei. Mas acredito que a procura vai aumentar ainda mais, porque as pessoas estão preocupadas", lembrou Celestino, destacando o fato de as pessoas também levarem máscaras cirúrgicas, principalmente aquelas que utilizam o transporte coletivo.
Para o técnico em farmácia, Jaime Siunte, a procura por álcool em gel aumentou mais de 100%. Ele é proprietário de um estabelecimento na Vila Amorim, em Suzano, onde a busca pelo produto também cresceu bastante. "Fizemos o pedido ontem para três distribuidoras e ninguém tinha o produto", lembrou Siunte, afirmando que o item também estava esgotado na farmácia dele. "Fizemos um estoque bom, porque a gente prevê que a procura aumente neste período, mas, com o surto, as pessoas se anteciparam e não deu tempo de manter".
Siunte também destacou a falta do medicamento Tamiflu. "A procura aumentou, porém, a venda só é permitida com receita. Hoje, não estamos conseguindo o remédio na distribuidora. Quando chega acaba rápido", lembrou.
O dono de outra farmácia, em Suzano, também notou o crescimento pela procura do álcool para higienização das mãos. "A procura aumentou 40%. Mas, por enquanto, o meu estoque está bom", garantiu. "As pessoas estão preocupadas com a doença. Até a procura pelas máscaras aumentou".
O preço do produto varia de R$ 3 a R$ 16 na região e poderá sofrer reajuste com o aumento da procura. Os farmacêuticos ainda aguardam para saber qual será o valor repassado a eles, para definir o preço de venda.