O governo do Estado vai suspender o bônus anual de desempenho dos professores e converter o benefício em reajuste salarial. No entanto, a categoria se mostrou contrária à proposta.
No dia 8 de abril, poderá ocorrer uma paralisação na rede estadual de ensino da região, já que uma assembleia será realizada com os educadores, que vão se reunir em São Paulo e seguir em passeata até a praça da República, às 15h30, com o objetivo de reivindicar uma nova oferta. 
Segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), o reajuste salarial seria de 2,5%, porém, a Secretaria da Educação informou que o valor ainda não foi definido. A pasta ainda destacou que a "conversão do valor a ser pago na bonificação, para um reajuste salarial linear, foi sugestão de sindicato da categoria, com a inclusão de aposentados e pensionistas". 
A coordenadora da Apeoesp de Mogi das Cruzes e região, Vânia Pereira da Silva, destacou o fato de a categoria lutar pela qualidade da educação, incluindo a redução de alunos por sala de aula e melhores salários.
A professora ainda classificou a medida como "presente de grego". "Sempre fomos contrários à política de bônus. Defender bônus é defender o empobrecimento da carreira. É defender que, ao final, tenhamos um salário quase igual ao de quem começa, com uma aposentadoria vergonhosa. O correto é política de valorização salarial. Não esses 2,5% apresentados pelo governador Geraldo Alckmin", avaliou. 
A professora Inês Paz, que também é membro da Apeoesp de Mogi - que abrange Salesópolis e Biritiba Mirim -, classificou a proposta do governo como "absurda". Ela ressaltou o fato de o reajuste não acompanhar a inflação. "Estamos com uma defasagem salarial muito alta. Sem contar que o governo também precisa oferecer as perdas salariais e um aumento real", afirmou a sindicalista.
Ela adiantou ainda que essa será uma das reivindicações que serão levadas ao secretário de Estado da Educação, José Renato Nalini, no dia 5 de abril, em reunião com a categoria.