As fortes chuvas voltaram a castigar a região na última segunda-feira. Desta vez, os moradores de Ferraz de Vasconcelos foram os mais afetados, pois a queda de árvores na cidade causou o destelhamento de três casas, feriu uma mulher e um bebê de um ano, na Vila Romanópolis.
Ontem, uma equipe do Corpo de Bombeiros ainda trabalhava no corte da árvore, que estava sobre um imóvel na avenida Dom Pedro II.
O cenário era de destruição e um dos moradores terá que reconstruir dois cômodos que foram completamente devastados. Além disso, dois imóveis tiveram o telhado desmoronado com a queda de uma árvore.
Segundo um dos moradores do local, Anilson Machado dos Santos, de 26 anos, a esposa e a filha de 1 ano e dois meses estavam na cozinha quando a ponta de um pinheiro atingiu o teto da casa. Foi o suficiente para provocar a queda do telhado sobre as duas.
A mãe levou dois pontos na cabeça e se feriu nas costas, enquanto tentava proteger o bebê, que sofreu ferimentos leves na cabeça. As duas passam bem e estão fora de perigo.
"Eu estava trabalhando quando tudo aconteceu. Minha esposa contou que estava na porta da cozinha quando ouviu o estralo. Foi quando os estilhaços caíram em cima dela e da minha filha", lembrou Santos. "Agora, nos resta correr atrás do prejuízo", diz ele, que perdeu fogão, microondas, armário e outros utensílios.
Houve mais dois imóveis vizinhos ao de Santos, que também foram atingidos pela árvore.
Ontem, era possível observar que as pessoas faziam a limpeza das casas atingidas, a retirada das telhas que caíram e das folhagens do pinheiro que se espalhou. "Foi um susto muito grande. Eu estava no trabalho, mas minha filha, de um ano e meio, estava em casa com minha irmã", contou a operadora de caixa Sandra Rodrigues, 20.
A casa onde o segurança Walter Moura, 34, reside foi a mais atingida, embora ninguém tenha se ferido. O pinheiro que caiu durante a tempestade estava ao lado do imóvel e atingiu em cheio dois quartos da casa. "Meu irmão tinha acabado de sair do quarto para a cozinha. Foi uma questão de segundos. Ele saiu e ouviu o barulho. Foi quando a estrutura veio abaixo", relatou.
O estudante Alex Alexandre da Cunha, 20, que é vizinho de Moura, conta que os moradores já tinham feito solicitações à Prefeitura para autorizar a retirada de árvores que ofereciam risco de queda. "Depois do que aconteceu aqui, prometeram que, até amanhã (hoje), virão para retirá-las", comentou.