A Prefeitura de Poá decretou ontem situação de emergência após os estragos causados pela chuva e pela enchente do último sábado. A informação foi confirmada pelo prefeito Marcos Borges (PPS) durante reunião na manhã de ontem com comerciantes que tiveram prejuízos. Na prática, a iniciativa permite à administração municipal proceder com mais rapidez em relação aos serviços a serem executados. 
Além disso, uma das alternativas para minimizar os impactos da chuva é o futuro reservatório de águas pluviais, o piscinão da Vila Romana. A construção  teve início há cerca de cinco anos, mas praticamente parou.
O local está cheio de mato, inclusive, e era para ter sido entregue no segundo semestre de 2015. Segundo o prefeito, ainda não há previsão para que o reservatório seja concluído.
Ele considerou esta a pior chuva da história da cidade desde 1987. Mas mesmo diante das circunstâncias, a obra do piscinão segue a passos lentos. "Essa é uma questão que está sendo discutida. Se for necessário, nós abriremos outra licitação para contratar uma nova empresa para dar continuidade aos serviços", afirmou o prefeito.
Sobre os prejuízos que os moradores e os comerciantes tiveram, o prefeito informou que está sendo realizado um estudo para encontrar uma forma de amenizar os impactos que a chuva trouxe. "Já estamos estudando para ver o que é possível fazer para ajudá-los. Amanhã (hoje) outra reunião será feita", disse.
Sobre as perdas materiais dos moradores, Borges garantiu que a prefeitura está prestando o atendimento necessário, inclusive a entrega de colchões para quem perdeu tudo.
"Também estamos discutindo a possibilidade de alguma ajuda para os moradores. No ano passado, demos a isenção do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) às pessoas que tiveram prejuízos com as chuvas. Vamos estudar algo nesse sentido e ver uma forma legal de amenizar esses prejuízos", adiantou ele.
O prefeito classificou a situação da cidade como "assustadora" e comparou a enchente desse fim de semana com um tsunami."Acredito que, mesmo se o piscinão estivesse pronto, a situação ainda seria crítica, porque o volume de água era muito grande", avaliou Borges.
A reportagem também tentou contato com a Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos, mas não teve retorno. Por telefone, o Dat procurou o prefeito em exercício, José Izidro Neto (PMDB), mas ele não foi localizado.