Em meio à alta nos preços dos produtos alimentícios, consumidores de Mogi das Cruzes buscam alternativas para tentar economizar. Substituir produtos, alterar marcas e aproveitar promoções. Tudo é válido para fazer o dinheiro render um pouco mais no final do mês.
A compradora Sonia Menecucci, de 50 anos, conta que muitos alimentos costumam ter o preço elevado quase toda semana. "Toda vez que a gente vai no mercado é uma novidade e, infelizmente, não é boa. Sempre é um aumento diferente, principalmente para as carnes e legumes. Algumas coisas a gente acaba conseguindo substituir, mas outras acabamos tendo que comprar, mesmo não estando baratas", disse.
Para tentar garantir uma economia na compra de produtos que são insubstituíveis, como o arroz e o feijão, a dona de casa Flávia Lucia, 43, aposta na troca de marcas. "O arroz aumentou muito, mas não dá para deixar de comprar. Então, eu procuro optar por uma marca que esteja mais em conta, mas, é claro, sem deixar de ter a qualidade do produto", contou.
A mesma estratégia também é adotada pela aposentada Sadako Odashima, 72. "De uns tempos para cá, o preço de tudo começou a aumentar. No meu caso, o que tem pesado bastante é a compra de arroz, pois usamos muito em casa. É um produto que não dá para deixar de lado", comentou.
Já a dona de casa Elizabeth Coelho dos Santos, 56, tem recorrido a tradicional pesquisa. "Eu não costumo comprar apenas em um mercado. Do jeito que as coisas estão caras, qualquer centavo de economia já é lucro. Por isso, vejo as ofertas e procuro aproveitar as promoções. É difícil dizer qual é o 'vilão', pois nos últimos tempos está tudo tão caro. Acho uma falta de respeito com o cidadão termos que pagar tantos impostos ", ressaltou.
IPCA
Ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o fechamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 10,67% no ano de 201, o maior em 13 anos. A inflação acima da meta, no entanto, já podia ser sentida no bolso dos consumidores no dia a dia, inclusive ontem no preço de alguns produtos como batata, cebola, tomate e algumas frutas, que tiveram aumento de até 50%. 
O governo federal estimava que a inflação fechasse em 4,5% e o Banco Central (BC) que o IPCA de 2015 ficasse em 9%. Segundo o levantamento do IBGE, puxaram a alta dos preços os grupos Alimentação e Bebidas e Transportes, que responderam por mais de 60% do IPCA. Já no acumulado do ano, o que mais pressionou a inflação foi a energia elétrica, seguida pelos combustíveis.