A Associação Comercial e Industrial de Poá (Acip) pretende entrar com uma ação judicial contra a prefeitura para que os prejuízos dos comerciantes sejam amenizados, já que a administração admitiu que não vai fazer o ressarcimento das perdas materiais dos lojistas, que variam entra R$ 50 mil e chega até R$ 1 milhão.
De acordo com o presidente da Acip, Francisco Quintino, a entidade está sendo orientada pelo advogado Paulo Takamura e recebendo apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Poá. "Temos a pretensão de entrar com uma ação pública contra o Poder Público, para ver se a gente ameniza os impactos e os prejuízos causados pela enchente", afirmou "A Acip vai entrar com uma ação responsabilizando a prefeitura e o Estado no intuito de avançar com as obras do piscinão", adiantou.
Quintino comentou que ainda não foi definido cálculo do prejuízo, mas que a associação está apoiando os comerciantes da cidade com orientações jurídicas. "Estamos dando todo o apoio possível de orientação junto com o nosso jurídico, o advogado Paulo Takamura", afirmou. "Estamos pedindo também para que os associados e os não associados nos procurem e que cada um dê seu posicionamento".
Segundo Quintino, a Acip está pedindo para cada comerciante elaborar o seu cálculo de prejuízo para, depois, fazer uma somatória. "Mas dá para ver que está um caos. Com a proposta de outra reunião com todos os vereadores, juntamente, com alguns comerciantes que serão selecionados, a gente pode retomar essa tentativa de acordo. Mas ainda é impossível fazer um cálculo, porque um fala em R$ 100 mil de prejuízo e outro em R$ 1 milhão", disse o presidente, ressaltando que essas estimativas também precisam ser apuradas e comprovadas.
Francisco Quintino ainda destacou que a Acip está dando orientações a todos os comerciantes afetados pela enchente, independentemente, se serem associados ou não à organização.
Sobre a possibilidade de uma linha de crédito aos comerciantes, proposta pela Secretaria da Indústria e Comércio, Quintino acredita que seja viável: "Vai permitir um prazo maior com taxas menores aos comerciantes que precisam recomeçar".