Os membros da Cooperativa de Reciclagem Unidos pelo Meio Ambiente (Cruma) se reuniram, ontem, na Prefeitura de Poá. O objetivo foi pedir assistência da administração municipal para recuperar o serviço que teve que ser interrompido por conta de um incêndio. O fogo destruiu todo o galpão e os equipamentos da organização, anteontem.
O diretor-presidente da Cruma, Wilson Secário conta que ainda perdeu três veículos, um empilhadeira, prensas, esteiras, além do material que reciclável que estava armazenado no local. "Agora se calcula um prejuízo de mais de R$ 1 milhão. Tudo foi perdido no incêndio", revelou.
Secário ainda lembrou que muitas famílias dependem da cooperativa e que, agora, estão sem saber o que fazer. "Hoje, somos 45 famílias diretamente e 100 indiretamente", afirmou. O diretor afirma que quer que a administração municipal dê toda a assistência necessária para que a Cruma volte a operar e que os catadores não percam a única fonte de renda que tinham. "Queremos uma posição do prefeito, porque nós prestamos o serviço para a prefeitura. Estamos na cidade há 20 anos e ainda não fomos reconhecidos como a cooperativa que faz a coleta seletiva da cidade, junto com as famílias que dependem disso", destacou. "Os trabalhos estão parados. A estrutura do galpão está condenada. Nós queremos uma garantia".
Outro membro da diretoria da cooperativa, Roberto Rocha também frisou a necessidade de uma assistência do Poder Público. "Precisamos fazer um plano emergencial para conseguir a reconstrução da cooperativa. São mais de 100 pessoas dependendo da Cruma", afirmou. "O lixo do município não é responsabilidade só da Cruma, mas da prefeitura também".
Na tarde de ontem, o prefeito Marcos Borges (PPS) se reuniu com os cooperadores e anunciou que o galpão já foi periciado pela Polícia Civil. A administração também conseguiu autorização da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para a destinação dos resíduos.
A Defesa Civil ainda elabora o laudo estrutural do local. Somente após a conclusão desse documento será possível saber se o galpão poderá ser utilizado novamente. Um novo encontro com a Cruma foi agendado para o dia 29, às 10 horas. "A Cruma faz um trabalho sério e importante para o município, o da coleta seletiva e, principalmente, sabemos que muitas famílias sobrevivem deste trabalho na Cooperativa, portanto as medidas são tomadas o mais rápido possível".