Os comerciantes de Poá cobram ressarcimento da Prefeitura de Poá com relação aos prejuízos causados pela enchente que tomou conta da cidade no último fim de semana. Na manhã de ontem, a tentativa de uma reunião entre os lojistas e o secretário de Indústria e Comércio, Ângelo Biancolin, foi mal sucedida e terminou em bate-boca, sem nenhum acordo. Uma nova reunião foi agendada para hoje, às 10 horas na Câmara.
Os proprietários de estabelecimentos instalados nas ruas centrais de Poá estimam prejuízos que ultrapassam R$ 100 mil e podem chegar a R$ 1 milhão. "Perdi 60% de tudo que estava dentro da loja. Ainda nem consegui calcular o prejuízo", afirmou a dona de uma loja de roupas e calçados, Sueli Lopes Estevão.
O comércio dela está localizado na avenida Antônio Massa e foi completamente invadido pela enxurrada. "Tinha quase dopis metros de água. Tive que jogar muitas roupas e sapatos no lixo e o computador também queimou", relatou a comerciante que espera receber a assistência do Poder Público.
A comerciante Fernanda Moraes contou que viu toda a mercadoria de sua loja sendo levada pela água junto com o balcão, na rua Capitão Francisco Inácio. "Esperamos que na reunião de amanhã (hoje) consigam apresentar soluções para o nosso problema", disse a lojista que estima um prejuízo acima de R$ 300 mil. "A força da água arrancou a comporta e estourou até a porta", lembrou. Fernanda acredita que se as obras do reservatório da Vila Romana tivessem sido concluídas, os transtornos seriam amenizados. "Não podiam ter parado as obras do piscinão. Talvez não impediria a enchente, mas, com certeza, a água não teria chegado com com tanta violência", avaliou.
Já o dono de um salão de cabeleireiro e loja de cosméticos, Valmir Soares, calculou um prejuízo de mais de R$ 50 mil. "O que eu espero do Poder Público é agilidade para resolver o problema. E mesmo se forem rápidos, ainda devo ficar quase um mês com a loja parada".
Pet shop
A enchente que destruiu muitas lojas e bens materiais também tirou a vida de dez animais que estavam dentro do pet shop Charlly Lu, localizado na avenida Padre Anchieta, em frente ao muro da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos(CPTM) que foi derrubado com a força da enxurrada.
De acordo com a responsável pelo estabelecimento, morreram afogados dois cães da raça yorkshire, um pitt bull, quatro gatos persas e três coelhos, que não conseguiram escapar da inundação no pet shop.