O fim da crise econômica e política, mais oportunidades no mercado de trabalho e melhores condições na saúde pública. Essas são as perspectivas das pessoas para o Ano-Novo, que terá início amanhã. A equipe de reportagem foi às ruas e ouviu os principais desejos da população para 2016 e a maioria se mostrou desiludia com a política do Brasil, embora ainda tenham esperanças de que o País melhore.
O ano de 2015 foi marcado por protestos, que desencadeou a crise política do governo Dilma Rousseff (PT), além dos altos índices de desemprego. O Ano-Novo está chegando e com ele a esperança de tempos melhores. "Espero que esse seja um ano de mais oportunidades, inclusive do mercado de trabalho", disse a promotora de vendas Marcela Morais, de 27 anos.
Para o aposentado João Francisco Gonçalves Pereira, 65, o desejo é de melhorias em diversos setores. "A saúde, a educação e segurança precisam melhorar. Desejo também que nossos governantes pensem mais na população e parem de se preocupar só com eles", afirmou.
Já o também aposentado Raimundo Evaristo da Costa, 67, revelou que não está muito otimista, mas, mesmo assim, espera que coisas boas aconteçam. "Não acho que vai ser como a gente quer, mas acredito, ainda, que seja melhor que os dois anos anteriores", disse.
A vendedora Mariana Paixão, 19, fez uma avaliação do último ano para criar suas perspectivas para 2016. "Espero o fim da crise, que a Dilma saia do governo e que a rede de hospitais melhore", afirmou. "O que também está incomodando é a crise financeira e política que está uma bagunça. Espero que a situação melhore para todos, porque está muito difícil, tem muita gente desempregada, passando necessidade. Também precisamos de mais segurança", finalizou a jovem.
Para o empresário Daniel Costa, 33, 2015 foi uma ano cheio de desafios, já que ele abriu sua própria empresa e já teve de enfrentar a crise. "Desejo que minha empresa cresça e evolua no Ano-Novo. Senti dificuldade este ano e com a crise caiu muito", disse. "Este foi um ano difícil. Começou até bem, mas no segundo semestre foi caindo", avaliou.
O motorista aposentado Marcílio Júlio, 66, está desiludido com a situação do País e não tem grandes perspectivas. "Espero que melhore, mas acho que não vai. Acho que ficaremos na mesma, ou até pior, com essa crise política", avaliou. "Não tenho esperança. Infelizmente, com os governantes que temos fica difícil".